sexta-feira, setembro 10, 2010

Cansado, farto de tudo!
Farto do que sou,do que sinto, do que penso, do que faço.
O que faço aqui?
Neste lugar, neste tempo, no mundo.
Problematizo a questão do meu futuro e do rumo que estou a seguir!
Imaginar, agir, reagir e não permanecer,lutar e acreditar
que com esforço e dedicação obstáculos deixam de o ser.
REFLICTO, ESCREVO, EXPRIMO O QUE SINTO,
O QUE TENHO CÁ DENTRO E ASSIM EXIJO
UMA COMPREENSÃO MAIS PROFUNDA DO MEU VIVER, DO QUE MEXE COMIGO!

Dou por mim, sem quê nem porquê, ausente, pensativo,
às vezes, no aconchego do meu lar sinto-me incómodo,
deprimido.Favoreço o martírio do cérebro, moo e remoo,
incentivo o desassossego, um mau-estar psicológico
que me causa melancolia, apatia, no dia-a-dia,
sem razão aparente, acordo meio abatido, meio sonolento,
distante da realidade, envolto em pensamentos.
Debato-me com interrogações de difícil resposta,
entro no campo da retórica, anos e anos em busca
de uma solução prática, mecânica e não estática....

terça-feira, maio 18, 2010

Fora de Estrilhos

Fora de estrilhos…..
… sou um gajo pacífico, calmo como estado de espírito, nervoso como indivíduo, como ser humano utilizo o meu livre arbítrio para seguir o meu caminho, construir o meu rumo.
Vou vivendo , experienciando!
Pensamentos sucedem-se por acontecimentos que surgem.
Vou aprendendo, conhecimento acumulando!
Aprendi e vejo que a coerência e a consciência são pré-requisitos que se exigem quando se quer alcançar algo.
O stress faz parte da vida do Homem!
Vivemos numa azáfama, num caos generalizado.
Objectivos são precoces, não se pensa a longo prazo.
O dinheiro move o mundo, está tudo no mesmo barco.
Desta viagem faço ODES como A TRAGÉDIA,
Somos o ADAMASTOR, monstros que para nós eram no mar,
nós somos na TERRA.
Viemos espalhar o terror, instaurar a miséria e a desgraça,
Substituir o ódio pelo amor, somos espécies invasoras,
Causamos a desordem planetária, (fodemos a nossa progenitora!)
Já nem competimos, limitamo-nos a destruir,
Moldamos paisagens, fazemos do que é de todos a nossa casa.
Vivemos numa esfera, criamos uma atmosfera rarefeita pela merda que cá fazemos.
Cometemos erros, errar é humano!
Não respeitamos, vemos que erramos mas não alteramos a forma como agimos.
Somos uns agricultores nada generosos e com práticas arcaicas, fodemos o solo com a monocultura.....canalhas!!!
Implementámos um sistema com condições nefastas, surgem manifestações, movimentos de contracultura!
Resultados agravam-se ao longo das décadas e isso denota que a nossa evolução estagnou, agora é só promessas.
Não tenho uma visão promissora, optimista em relação à melhoria da qualidade de vida das pessoas.
PORQUE, fala-se no mundo inteiro que uns países vivem anos à frente dos outros MAS, países desenvolvidos vivem à pala dos outros. Mão-de-obra dá jeito, recursos são um proveito altamente valioso. Casa-trabalho-casa é a rotina do sujeito que (no êxodo) vai na esperança de alcançar um sonho.
Fazemos parte de um ecossistema, estamos no topo da cadeia, no topo da pirâmide, cada vez mais confinados ao que temos. Agora até anjos e demónios estão presos pelas pernas. DEUSES, mera visualização de crenças em formas, não condeno nem julgo ninguém, acredito no que acredito, acredito que a religião tem tipo um efeito clubístico. Muitas pessoas são fanáticas só porque tal lhes foi incutido.

sábado, abril 24, 2010

Pensamentos consequentes, sequenciais de realidades tão banais, fazem-me escrever imaginando instrumentais, beats, melodias, batidas quebradas, riffs de guitarra ou o som de uma cítara misturado com o barulho de uma cascata.
Imagens idílicas, psicadelices em que a minha imaginação me leva nesta jornada através das rimas.
Faço uso da palavra, da minha liberdade de expressão.
Descargas psicológicas são água benta perante o inconformismo que me consome. Purifico a minha carne, glorifico a minha mente, fujo à insanidade, uso a introspecção como medicamento. Metaforizo, muitas vezes comparo merdas sem sentido mas o meu contento reside, pura e simplesmente em tentar ser criativo, em encontrar diversão numa rotina entediante e fazer disso um estado de espírito, um acontecimento recorrente.
A solução está por dentro!
Não há muitos problemas, a não ser aqueles que o próprio Homem cria!
Não me esqueço!
Fomento boa-disposição, auto-incentivo-me, estimulo actos recreativos, aguço a emoção, passatempos são momentos eternos, são um retiro face ao desconforto, uma forma de libertação contra aquilo que me aprisiona, a alma, o desenvolvimento da minha vida. Posso ficar condenado a uma rotina mas tento, não deixar que isso afecte a minha auto-estima. Preservo a consciência que tenho de mim mesmo, ser verdadeiro enquanto ser humano e não me deixar corromper e passar a ser um ser insano!
E assim chego à razão pela qual escrevo, escrevi isto, escrevo porque necessito de dizer isto, sempre em busca da felicidade um gajo perde-se, é um abismo que surge quando a mente adormece. Andar sempre no auge, fazer disso um costume, o que antes se vivia com êxtase, agora é um dia e mais um e outro que se segue, a felicidade é momentânea, não fica para sempre, traduz-se em simplicidade!

terça-feira, dezembro 15, 2009

Inspiro, divago, dilato o cérebro, viajo num espaço vasto a que chamam universo. Alheio ao ritmo dos tempos modernos, aproveito ao máximo este privilégio do contacto diário com a natureza, contacto diário com as pessoas. Há muito que me sinto inseguro, socialmente imaturo, não na relação mas na responsabilidade que acarreta ser adulto.
Sinto-me incómodo, preocupado com as minhas acções. Serenidade é afectada pela atitude que tenho e dá comigo em doido. Desvio a atenção das prioridades, não faço o que me compete, pago o preço do meu empenho, entrego-me a 1001 coisas mas não me dedico a nada a 100%
Que nojo de mim próprio!
Sou o causador do meu sofrimento, da maneira como penso!

Não há fumo sem fogo. Sou mórbido como ser pensante!
Sinto-me claustrofóbico, a cair na monotonia para que o meu crânio me atira. Pensamentos viciados, sentimentos em convulsão. Interior em efervescência leva-me à introspecção.
Paro.
Suspiro! Agradecido por voltar ao activo!
Muitos anos em silêncio tornaram-me vazio por dentro, sinto-me estranho, se penso no futuro, sinto-me frágil e neste momento condeno-me por tudo, todo o meu desleixo que me ofusca o caminho..........

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Opiniões de ..... Cenas que se Sucedem

À mercê de tudo o que me estimula (o que existe), continuo caminhando com a convicção de uma pessoa que persiste e revira os sentidos para o interior mesmo que não esteja triste. Dou total atenção à minha pessoa, às vezes vejo-me de fora e sinto-me estranho. Não sou eu quem vejo, é uma imagem distorcida daquilo que tenho em mente. Parece um rascunho, um desenho abstracto de uma ideia existencial, a mesma que me ilumina que me cega, abre portas e fecha na "carinha", cria fronteiras e diversas visões sobre a vida. Enquanto houver coesão da ideia que tenho de mim, também tenho a certeza que o futuro é uma incerteza! Vim de um meio uterino! Não foi obra do divino! Para onde irei? Não sei! Para o infinito e mais além. De morte em morte passando várias etapas com a alma colada dando-me arrepios nas costas. Nervos accionados, sensações novas, conhecidas, reconstrução de tempos antigos mobilizam várias perspectivas, pensamentos imaginativos não encontram saídas. O ultimato que a mim é dirigido é todo um conjunto de dúvidas! O inconsciente é sombrio, o consciente é macabro, no pré riu-me, choro mas sinto-me intrigado. No fundo por tudo o que experiencio faço da vida um quadro de pintura! O Homem é o pintor e nesta altura a tela é negra porque está coberta de loucura! São muitas as influências neste itinerário que não nos deixaram outra escolha. E assim, optei por fascínios interiores como ponto de ruptura!

Nascemos num meio e nele interagimos.
Sentidos há muitos mas é com o nosso que prosseguimos,
estagnamos. A felicidade só se alcança quando sentimos
satisfação pelo modo como vivemos.
Conforme agirmos também obtemos, ou não!
Enquanto caminharmos fazemos parte de uma evolução.

Pára, arranca. Arranca, pára. Num ciclo de batalhas que nos calha. Ou tomamos decisões ou enfrentamos a mágoa. É obrigatório porque se torna necessário sermos responsáveis pela nossa vida, caso contrário o cenário é de merda. Não quer dizer que mesmo assim não o seja mas ao menos é independente de qualquer merda que seja. Quem o sabe passa ou já passou por ela, se não, apenas pode ter uma ideia. O valor do conhecimento só tem teor quando a experiência é interior! De qualquer maneira que seja são os acontecimentos que formam, constituem a teia do meu alimento, dão-me forças por vezes inúteis perante as areias movediças do tempo. O à vontade em certos campos atinge-se pelo hábito, prática e seu desenvolvimento. Agora já estou mais na boa porque tenho outro tipo de pensamento. Alegrias e tristezas fazem parte da vida do ser humano, uns têm mais outros menos, mas é com este contraste que pintamos o nosso quadro. Estagnar é rendermo-nos à situação, só que enquanto caminharmos fazemos parte de uma evolução! Reafirmo porque estou convicto do que digo, se no presente tiro dividendos do sacrifício que fiz no futuro multiplico por X. O meio em que nasci e a que pertenço é a raiz da minha acção, um elemento principal na minha satisfação por consequência da influência na visão e compreensão que tenho. Construí o meu significado! Não uso palas como os burros porque prefiro ficar espantado! Apenas interajo com o meio!

Nascemos num meio e nele interagimos.
Sentidos há muitos mas é com o nosso que prosseguimos,
estagnamos. A felicidade só se alcança quando sentimos
satisfação pelo modo como vivemos.
Conforme agirmos também obtemos, ou não!
Enquanto caminharmos fazemos parte de uma evolução.


10/2004

terça-feira, novembro 10, 2009

Nostalgia, recuo no tempo, este sentimento é pura magia.
Hip-Hop, imaginação e batida, simbiose que cativa e constrói emoção. Viajo no cosmos da inspiração, hoje com Thc e não sei por quê estou numa de fonética.
Rima prática em busca da estética matemática, lírica efervescente de uma mente lunática, sociedade maquiavélica transmite-me energia negra, o que é feito da filha da puta da ética?!

Usos e costumes transformam-se em tradição,
estamos a cair na ridicularização, desvalorização do indivíduo.
Alimentamos o veneno, manufacturamos destruição,
sustentamos o consumismo, fazemos parte de um mecanismo
que nos cega e a longo prazo causa desespero.
Somos predadores sem escrúpulos, presas do nosso engenho,
matamos e devastamos, com o tempo, assumimos um vasto conjunto de erros.
É esta a merda da nossa evolução!
Sobreexploração dos recursos e maneira como os exploramos,
nisso nos baseámos, fomentamos/privilegiamos a capacidade de produção, trocamos homens por máquinas, valores por ideais, aumentam taxas de desemprego, corrupção, há cada vez mais, as massas estão sob manipulação, estamos todos dentro do mesmo saco. Todos diferentes, todos iguais. Criámos um mundo nefasto para nós e para os demais.

Há quem diga que tudo isto é culpa do pensamento dos ocidentais!

Entrámos num caminho louco, actuamos como suicidas,
matamo-nos por falsas crenças,
já não acredito que a Terra seja um local cheio de paz e harmonia. Jamais!
Diz-me lá se não nóias, quando olhas e observas que a evolução da nossa história se baseia em guerras desnecessárias.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Sinto falta de tempo, saudade dos tempos em que hibernava na introspecção. Criava mundos que transbordavam o espírito, inundava-me em pensamentos, tinha paciência para inúmeros devaneios.....tanto verso escrito. Enclausurado na cave do meu sótão, habitáculo mental o esconderijo em que me exponho, sofro em silêncio e que me torna mais sereno...
...Que futilidade, minutos passaram, segundos que se passam. Às vezes penso naquilo a que me entrego e sinto que tudo é inútil, vazio, uma casa sem paredes, um verso sem rima, uma palavra sem letras, um cálculo sem resultado, uma luta sem objectivos definidos.
Quero mas não sei o que quero! Quero o que não sei! Quero mas não sei o que não quero! OH SEI! Só não sei o que quero! Agora logo após tal incerteza sei o necessário, desembrulho o embróglio que embrulhei, troco trocadilhos com trocados.
De metade com metade (não!) se forma o todo!
E enquanto a rima se cansa no caminho em que vai, mudo o curso do itinerário como água perante obstáculos, não há tempo para malandros, se cai levanta, novamente preparado. Versos vagueiam pelo quarto como fumo pelos neurónios, pensamentos saltam saltam mas saem por baixo. Subsolo do raciocínio, movimentos de tensão, pressão com acréscimo, deliro, geologicamente metaforo, dou liberdade ao desatino, sinto-me bem! Por isso, posso nóiar que não me incomodo. Foco, desfoco, reajo com reflexo, esta cena de querer escrever sem saber o que escrever leva um gajo a estar conecto com o mentalmente desconexado. Conectado enquanto me concentro no indeterminado que determino como incerto enquanto permaneço concentrado. Concentração na distracção! Rimo sufocado pelo desenrolar da minha acção. Quieto e com ânsias, mantenho-me estático, tropeço em pensamentos ocasionais, massajo o intelecto.

+ 1 improviso matinal.....

2005

sexta-feira, setembro 11, 2009

Olho, reparo, paro. Penso, reflicto, medito. Abro a porta pó meu interior, vagueio por bué da sítios sempre dentro do mesmo cubículo. Cenários imaginados, sonhos antigos e presentes trazem-me o espanto enquanto pasmo em viagens possíveis que crio com o intelecto. Misturo conhecimento com o que é do meu agrado, faço scratch quando encravo, rimo sempre de peito aberto, não sou escravo de ninguém, sou escravo de mim próprio. Quanto mais me afasto de movimentos mais fomento o ódio, este ódio que me deixa apardalado, eufórico, contesto pelo que expresso e é óbvio pelo que observo, absorvo e me causa transtorno. Não me conformo de modo algum com o rumo deste povo, com a evolução do ser humano e as transformações que causa no mundo. Cambaleio pela vida como um moribundo pela rua, há UMA realidade mas cada um na sua

2007

quinta-feira, setembro 10, 2009

Indivíduo solitário, fechado no quarto, faço das rimas a porta da rua. Saio, passeio pelo mundo, longe da loucura. A sério! A vida é puta, eu sou louco, a minha consciência diz-me para fazer o correcto. Que se foda lá o certo e o errado. Guio-me pelo meu intelecto, instinto, pondero, tenho valores e ideais que respeito. Estou condenado ao silêncio quando tento expulsar a raiva que sinto, não aguento, mas não me liberto da dor infiltrada nas catacumbas do pensamento, não consigo!, memórias dão-me nostalgia e afectam a forma como vivo, para aquilo que me direcciono, sou novo mas o meu espírito já sente a angústia de um idoso, de uma pessoa que luta pela vida, por dinheiro pá casa, comida e família. Nem todos encontram a alegria, é triste mas é realidade de sempre, só que hoje em dia, digam lá se não! , é a puta da loucura! É deprimente, dizem que não há destino mas quando nascemos estamos pré-destinados a fazer parte de um sistema direccionado para o interesse lucrativo, nada mais que isso, ou te integras e massacras ou te afastas e desesperas quando percebes que o estado da situação, leva todas as pessoas a fazer as mesmas merdas. Não há opção, é a sistematização de organizações desorganizadas. Esgotam-se os recursos, fodemo-nos uns aos outros. Para os nossos actos não há palavras, só palavrões e insultos, fomos estúpidos ao pensar......, NÃO!!!, isto é tipo carochos, que destroem o próprio lar, têm noção mas não têm forças para lutar. Fazem projectos e esquemas para aliviar a situação, enganam-se a si mesmos. Homem acelera o processo da auto-destruição! Conseguimos realizar o que imaginámos, criámos o inferno na Terra, e agora a nossa evolução baseia-se na solução para a merda que fizemos e fazemos porque cagamos e continuamos na comodidade de que tanto gostamos, nos habituámos, digo e repito-me, os valores foram trocados!Quem controla isto faz de nós uns espantalhos umas marionetas com movimentos repetitivos. Paleio de políticos não me enchem os ouvidos e mando-os .. ……. !
Já estou farto! Já não consigo!
Este mundo é ingrato mas mesmo assim sobrevivo!
Falo, vibro com o eco no meu corpo,
com o cérebro ressono num sussurro. APOSENTO PROFUNDO!
O livro do meu estudo é o modo como vivo neste mundo!
Detecto, sinto fumo, trabalho excessivo, o momento é predilecto com um charro nos queixos, que se fodam os preconceitos! Liberto o espírito, mímico, tranquilo, dou privilégio ao sossego evito o estrilho! O povo anda louco, obsessivo pelo materialismo, discriminação ainda existe, muito mais o egoísmo! Racismo, estereótipos, atitudes com arrogância, reacções sem conteúdo de indivíduos que julgam pela aparência! Mentalmente não há evolução, estagnação ultrapassou o próprio ser, houve troca da consciência pela obsessão. ERRO DE REFLEXÃO! Quem ignora as consequências pode sofrer uma desilusão!

Chamem os paramédicos, o cérebro foi afectado pelo pulmão. É um problema sério a negligência humana no controle da industrialização. Mentes podres cada vez mais atraem povos em massa, desgraça mundial! Pensamentos medíocres em rivalidade levam-nos à fatalidade da compreensão. E enquanto prosseguem, mentes saudáveis fogem a banalidades que carregam enormes cargas de ilusão.

Pois então, nessa não entro, corropios citadinos enjoam-me o pensamento. Merda em excesso sai pa fora, desatinos interiores passo pá folha e enquanto assim for como escritor sou contínuo e na boa. Já tenho uma mão disto mas ainda muito mais falta. Sou introspectivo e daí vem a poesia, físico-quimicamente me alimento, a fome que me mata não é a felicidade mas anda lá por perto. Só quero momentos de paz e sossego, sou puto com algum tempo de sofrimento. Não sou um, nem o, sou eu, igual a mim mesmo, se faço é porque sinto, então faço e não temo!

2005
Sou um indivíduo, obra do acaso, filho único, solitário, fiz da introspecção um abrigo, o meu ninho, o mundo em que viajo. Desde puto que encontrei nisto uma forma de protecção, até quando estava de castigo, fechado no quarto, tinha noção do que a imaginação me fazia. Eu previa, chegar aqui e estar assim, dentro de mim moram fantasmas que me assombram a vida. Sou um sonhador, agora digo, tranquilo, muito do que queria não tenho e quando obtenho não me dou por satisfeito. Da ambição passo ao inconformismo é este o meu desassossego, são problemas que transporto para quando me vou deitar. Cansado e sem sono, insónias, pensamentos turbilhonares fazem-me delirar, ficar exausto, penso em 1001 coisas que acho ridículo, absurdo, chorar e rir sozinho, sentir-me minúsculo como o Homem mais feliz do mundo. Estou vivo! Devaneios proporcionam-me viagens sem retorno até cair no sonho. Respiro, é um alívio. Podia estar morto foi uma sorte e agradeço. Foi um choque, um abre-olhos. Velocidade, carro, capotanço, a 90 contra um muro, de cabeça para baixo, agarrado ao volante. São fotos que tenho gravadas na mente. Fúria, adrenalina ao rubro, mais um acontecimento que fica patente nos meus olhos, no que vejo e como vejo, na maneira como interpreto o significado do que é viver a vida. Eu vivo para viver, não vivo por viver, disse-o e cada vez dou mais valor ao que digo, ao que penso, porque só com confiança atinjo o que acredito. Valorizo o que sinto, mantenho acesa a esperança de encontrar a paz de espírito. Procuro dentro de mim próprio mesmo que me sinta esquisito, introspecção o método, pensamento o utensílio que me mantém sóbrio e convicto de que sou capaz de permanecer lúcido neste mundo psicadélico.
O ódio não nos leva a lado nenhum!
Mas acontecimentos irrisórios enchem-me o cérebro, alteram o meu estado psicológico. Supero o descontrolo quando me foco, concentro em algo que me cause conforto. Os meus interesses são como os pensamentos, funcionam como uma catapulta, concretizo os meus desejos!
Mando para trás das costas todos os momentos de angústia. Chegou a hora da mudança é o presente que me elucida.
Vou-me deixar de nóias, paranóias absurdas, tudo se transforma com o tempo e a minha vida segue as mesmas condutas.
Por momentos adormeço, caio na exaustão, no desassossego, num desconforto angustiante, MEMÓRIAS?! é isto que elas me dão.

terça-feira, setembro 01, 2009

Merdas absurdas, cenas estranhas que me passam pela cabeça. Ao transformarem-se em palavras consecutivas, IDEIAS FICAM MUDAS, na procura das rimas dos versos que reflectem os meus pensamentos. Imagino mundos obscuros, não fictícios bem reais e ainda mais pela maneira como os sinto. E por aqui não fico, irrito-me, sufoco pelas merdas que acumulo por dentro e causam desconforto. Martirizo-me todo o santo dia em busca de um plano de fuga à loucura para que esta realidade me atira. Realidade sombria, ideais de hoje em dia não têm perspectivas futuras, isso causa agonia, gera incompreensão pelas merdas em que se baseia a evolução da sociedade. Civilização moderna caminha em direcção à insanidade!
Bens supérfluos, as necessidades que inundam os cérebros e gerem o mundo inteiro. Os valores são outros, já não há respeito entre os indivíduos nem entre nada. Chegámos à insustentabilidade do planeta Terra. Ao longo dos anos, humanos com práticas nefastas fodem o mundo onde vivemos. Proclamo a eco-consciencialização face à encéfalo-degradação das massas, contrariando rotinas que ameaçam um estado de espírito puro, tranquilo, amigos fodem amigos pelas costas para obterem o lucro, exemplo ridículo, mas se me estendo perco-me, posso falar à vontade que não caio na hipérbole. As catástrofes são naturais mas nós fabricámos o caos! Florestas tropicais são devastadas para o progresso de selvas citadinas! Crescimentos populacionais exponenciais esgotam os bens, os stocks que mantêm esta merda activa. O PLANETA! Para o caralho com a evolução tecnológica, manipulada, que provoca desequilíbrio nos ecossistemas e espalha a miséria. Cenas fúteis são fabricadas para dar emprego às pessoas mais desfavorecidas que vêem as suas terras reduzidas a pó e cinzas. Exemplos são muitos, corrupção a arma dos governos para encherem os bolsos e taparem os olhos ao povo com construções onde gastam milhares milhões ,sem sentido prático algum. É o protagonismo que dá a imagem ao país mas se esquece do indivíduo, do mero cidadão que vê o futuro direccionado à frustração. Cada vez há mais pobreza, mais ostentação, crime, violência, vivemos num mundo cão. Numa competição desenfreada, nuns cantos pela sobrevivência noutros pelo almejo da glória e da fama. É o desespero que se espelha na alma e se entranha no corpo. O tédio envenena, é um estado de espírito que se propaga e é controlado pelo sistema. Televisão a caixa mágica que deturpa mentes fragilizadas e fomenta a ilusão. Cidadãos andam às escuras porque não passam de peões num jogo de gigantes, entre grandes potências, controle de armas nucleares, doenças e vacinas, enquanto biliões de pessoas morrem à fome, infectadas por alimentos, águas contaminadas, de febre tifóide, sida, malária.....

quinta-feira, agosto 27, 2009

Se a vida está fodida pode ser que melhore um dia e vice-versa. A vida está comprometida por ... blá blá blá, é sempre a mesma conversa, a mesma treta que só não vê quem não abre a pesta. A meta, essa! Cada um cria a sua! Tenho um leque variado, são várias por cada etapa. Fases que me empurram, que me puxam e fixam como a lua. Dão-me chapadas e boa disposição, é pela rua que refresco a minha alma, misturo os aromas das quatro-estações na imensidão das transmissões que recebo, de que sou alvo porque quero (pêta!!!), entrego-me, também sou sugado, fico tão boquiaberto que até fico parvo! As maravilhas da vida já foram um embrulho esquecido, agora que o abri, sinto um alarido de emoções controversas. Quando me guiam por vezes fico baralhado por visões convexas sem sentido. Promessas não passam de palavras vazias que emitem ruído! Sou um instintivo vadio da razão convencional, é tipo aquilo do REAL e do PARANORMAL!

2004

quarta-feira, agosto 26, 2009

(ZOID)Sinto o tédio, respiro o tédio e é deste solitário tédio que germinam os meus pensamentos condenados a ecoar, e a morrer nas catacumbas do intelecto. Só nestes momentos me sinto existir como ser consciente, apesar de todas as conclusões alcançadas se limitarem a roçar as fronteiras de um pensamento lógico. Eu penso, ao contrário das pessoas que parecem comer alegremente os frutos já desenvolvidos da razão humana, (FIFFAS)só que ao contrário dos que ignoram o pensamento sou eu que sinto o tédio. Tédio! Tédio! Mais que tê-lo é observá-lo. Sinto o tédio, sim, sinto, e é por ele estar todos os dias à frente dos meus olhos que não consigo ignorá-lo! Nos olhos, na cabeça, são cenas distintas, porque se eu o tenho em pensamentos muitos o têm nas próprias vidas.

2004

terça-feira, agosto 25, 2009

Divagos Ciclónicos

(FIFFAS)Passa a hora, o tempo que corresponde a cada um de nós. Quando não tenho volume na voz, estou em divagos a sós! Acompanhado de aragens e pós, poeiras da cidade! Fazendo retrospectivas, alimentando a saudade de momentos de outrora. Cenas em sintonia com que a minha mente colabora. viajante do dia que faz do ano uma etapa da maratona em que participo. Aceito dicas, opiniões, amigos e cabrões que colaborem para a minha evolução. Comunico, passivo, nas situações que me movem e fazem com que me sinta mais conecto com a acção. Não há entrelinhas nem rótulos como programas de televisão! Faço a minha programação com eficiência! Eu sou a minha própria audiência! E continuo com bacanos que partilham, participam da mesma frequência!

Passeando por oceanos que convergem no mesmo cais!
Os divagos são ciclónicos com alterações dos portais
do imaginário! Na rua faço o acto, constrúo o cenário!

(VKING)A hora nunca pára, o conjunto de reacções é o que dispara. Transporta-nos para o momento onde reflectimos, interagimos com o conceito que nos é perspectivado pelo insólito. Futuro incógnito é aquilo que te espera. Puto, vivemos numa esfera, num ciclo vicioso mas sempre preguiçoso, é a lei do mais forte! O suporte és tu que tens de encontrá-lo, tem cuidado, à esquina tá o malfeitor. Tu és a presa, ele o predador que suga a tua dor até ao auge do teu sofrimento. Bué gajos com pasta, outros ao relento. É o contraste de ambos os movimentos que nos faz reflectir em pensamentos, subjectivos que perfuram o interior, o único rumor é o do silêncio da madrugada, que ecoa pelo tempo à toa com objectivo indefinido, refundido na sombra do nada. Abre os olhos, chegou a alvorada!

Passeando por oceanos que convergem no mesmo cais!
Os divagos são ciclónicos com alterações dos portais
do imaginário! Na rua faço o acto, constrúo o cenário!

(FIFFAS)Mais uns tiros, mais uns cacetes que dão outro brilho à cena e às nossas mentes. Mentes com divagos ciclónicos, espontâneos. Divagos repetem-se, diferem no conteúdo por mudanças nos crâneos que esvoaçam pela brisa da noite. Quem quer ilusões, nós apoiamos com boicote!
(VKING)Preparo a mistura, levo-te para a sepultura onde o medo corrompe-te o corpo. Mais um passo e tás morto, enterro-te no vazio, onde perdes a noção, és julgado pela tua acção. Uma má posição que exerceste na vida, é tarde! O sofrimento é a saída, viveste mas não cresceste, agora arrependeste-te do caminho que escolheste!

Passeando por oceanos que convergem no mesmo cais!
Os divagos são ciclónicos com alterações dos portais
do imaginário! Na rua faço o acto, constrúo o cenário!


04/2004

quarta-feira, agosto 19, 2009

Cansado e sem sono, tento mas não durmo. Farto deste ciclo maçudo, levanto-me passado algum tempo e escrevo sem assunto nem conteúdo. Entre dormir e estar acordado vagueio no mundo das ideias. Reminiscências e imaginações não dão descanso ao cérebro, acendo um cigarro e faço versos sem maneiras, modos ou concepções. Falo de episódios, satisfaço tentações! Que se foda! Corpo não adormece, pensamentos sem fundamento andam aos pulos num processo contínuo que me condiciona o espírito e o sono. Em estado latente descrevo viagens que se interrompem sucessivamente. Estou atracado à cama, exausto, mas a mente em fuga faz de mim um viajante perdido no espaço. Embargo sem destino à procura de um desfecho e recebo um sinal, já bocejo!

2005
Dou-me conta do inconsciente mecânico com que me defronto sempre aquando me deito. Sucedem-se sucessões de sessões a pensar no passado, no que se passa e há-de suceder. Bem ou mal, fútil ou essencial, perco-me em raciocínios ou devaneios, perspectivas que obtenho e me levam a reflectir. Há fracções de tempo em que acho que tudo isto é inútil e me torna frágil mas aprendi, passada a tempestade vem aí nova colheita! E é assim que vivo a vida, afastado da exaltação, tento ser calmo, evito conflitos, estou farto de distúrbios por cenas medíocres.
Frutos da evolução danificam a socialização numa luta acesa pelo poder. Quem mais tem mais quer ter, tudo em busca do benefício próprio (comportamento natural do animal), Homem pensa logo, se quero alcançar tou-me a cagar para quem tenho de foder! eu não concordo!

quinta-feira, julho 30, 2009

Tantas merdas que se passaram, tanta merda que se passa e me ultrapassa. Penso nas merdas e causa mossa mas pouco me importa. Com pensamentos combato! Penso enquanto existo, passo as fronteiras do globo. Penso no que sinto, sinto enquanto penso, penso quando escrevo mesmo sem fôlego empenho-me no desempenho que vem das profundezas do meu íntimo.

2005
Mais um dia cinzento e eu aqui (sentado), impávido e sereno no meu quarto à janela a sentir o momento.
Calmo, a paisagem já é um símbolo do estado em que me encontro. Tem história! Marcas que evidenciam a minha passagem pelos campos em que me renovo. Cérebro, a planície o deserto em que percorro infinitos trajectos em busca do equilíbrio interior. Montanhas escalo, se picos alcanço me desenvolvo e continuo sempre o mesmo gajo de espírito aberto, humilde, com respeito pelo que merece com respeito por mim mesmo. Pensamento, a água que eu bebo, a água que me dá sede porque a infinidade do conhecimento a isso o compromete. Às vezes com intenção, outras sem razão mas sempre à procura de uma explicação e com noção do que faço, com tacto, mas permanece o enleio. PROSSIGO! Bebo, bebo, se pensamentos tivessem álcool andava todos os dias embriagado! Passo a passo mais angustiado! Apático, desorientado, sem mapa nem território, viajante solitário, guio-me por mim próprio. Caminho mentalmente preparado, tépido, no caminho do incerto! Acaso, aquilo a que me uno, não sou o responsável mas dou o meu contributo.

2005

terça-feira, julho 28, 2009

...
Esvaio-me no andamento do relógio,
procuro conforto enquanto caio no sufoco,
neste ar irrespirável nefasto que corrói, um bom modo
de estar, de estar tranquilo!
Gosto de respirar ar puro & ser tóxico-pensativo!...
Em busca do progresso não cesso, mantenho-me com atitude, debruço-me com o intelecto. Espero que mude, desapareça o acto-reflexo de pessimismo que me afunda. Uso capacidades técnico-tácticas para me libertar do desassossego que já me enjoa. Vivo liso com dotes múltiplos que utilizo sem critérios mas dão-me contributos infinitos, indifeníveis até mesmo inexplicáveis! Sentimentos em bruto não se expressam por palavras! Noites memoráveis, momentos eternos, acontecimentos que abraço na totalidade do meu ser! Quero sentir de forma intensa a vida no seu esplendor. Companheiros e natureza são o que há de melhor!

.................
É sistemático! Deparo-me com pensamentos nostálgicos, intensos de tempos passados. Cinzas da minha existência tornaram férteis locais inóspitos. Mundos em que viajo à espera de tudo e à espera de nada, indiferente, simplesmente. Consciente! Ermita. Habito pensamentos intemporais, medonhos, misteriosos, sento-me cara-a-cara com o lado negro da mente. Olhos nos olhos, defronto experiências esquecidas. Sonhos profundos ou perspectivas alimentadas.

.........................
Hoje em dia já não há tormentos de outros tempos. Os tempos são outros mas os valores são os mesmos, mais intensos, confusos pelas atitudes de broncos que não pensam. Movem-se porque os outros se movem, param porque os param, não se guiam pelo próprio pensamento. Andam sempre à procura de destaque, quando o cenário é a rua...
...
...
Eu não me contento com felicidades ilusórias, temporárias, as minhas ambições passam por outros campos de batalha. Combates interiores trazem mágoa e angústia, nunca fiz mal a ninguém mas sinto-me um ..... .. .... , de vez em quando. Fodo-me!, se me fodo aleijo os que me amam, então!, que se foda a introspecção e assim dou dedicação aos que me rodeiam. Já aprendi muito nesta vida sofrida, fodida, magnífica mas isso já noutra perspectiva. A minha retrospectiva faz com que viva dia-a-dia e segundo-a-segundo sinta. E tudo, porque esta oportunidade é única!


.....à uns anitos

quinta-feira, julho 23, 2009

...na quarteira....!!!

Sinto uma sensação de enorme conforto! Spot prodigioso que me leva à introspecção no seu estado mais puro. Sem conflitos nem tormentos, sem gritos nem lamentos, apuro os sentidos, capto mantimentos. Ganhos energias positivas para próximos confrontos. Sem ritmos, nem rotinas cansativas fecundo o espírito para momentos de alegria. Zigoto é límpido, difundo-me no plasma sanguíneo. Coração bombeia com impulsos lentos e a minha satisfação já passa de uma fantasia. Tranquilo, pensamentos assediam-me mas neste estado o máximo que me pode acontecer é rir-me..... =)
Sinto-me livre como mar no horizonte, sei que é momentâneo mas gosto da proposta. Segundo-a-mente sofro com o impacto das ondas que rebentam na costa e me tornam mais maduro, obscuro, lúcido, cosmopolita fortuito no devaneio e no raciocínio sem sentido pré-definido. Sou intuitivo, não sou doido, tenho os momentos de loucura mas não me considero louco. Crises existenciais têm a sua essência (pura!?), mantêm-me mais forte enquanto experiencio na minha existência. Passo momentos pesados, levo com momentos belos, macabros, proporciono momentos eternos que transporto na memória.

De acordo com a vida com o rumo que ela leva.
Prossigo o meu caminho sem estar à espera
de uma oferta. Semeio, faço a colheita!
Sou universotrófico, à alma abro a janela!


Momentos inóspitos apresentam obstáculos que ultrapasso a passo e contrapasso num compasso incerto que pauto com ritmo intenso, frenético, pareço estar calmo mas o massacre é por dentro! Sofro com ataques silenciosos em campos de guerra que nem os meus olhos vêem! Há coisas de que os sentidos não se apercebem. E é nesse mundo que as minhas capacidades mais se desenvolvem......................


2005

Nem Sei Bem.....

Inesperadamente sou assaltado pelo meu inconsciente, consciente de que há uma razão para este estado deprimente. Deprimente mesmo! Algo forte dissipou a minha mente e enquanto olho, o que olho para dentro tem mais percentagem no meu cérebro. É lastimável os pontos a que chego! Desassossego é um pesadelo contínuo, é tudo mais que um desatino, o que sinto é corrosivo, o aconchego que encontro não me satisfaz porque já avisto o abismo! Fodidíssimo! Sinto-me péssimo mas nem sei bem o por quê, sinto cansaço estando estático, pasmo, adormeço numa cadeia de pensamentos que me distanciam do espaço em que me encontro, não tenho controlo neste trabalho árduo que me causa sono, desloco-me mas o alívio não tem retorno, quero sair deste mundo em que me sufoco, parece coisa de doidos, falo comigo próprio (endoideço) mas respostas eu não encontro! Cito frases e frases, tou de luto, faltam-me ideias perspicazes que me livrem desta exaustão, fumo cigarros atrás de cigarros mas será o charro a solução?
Estou certo que não, é um sedativo que difunde a confusão num tempo restrito. Circuitos de fumo envolvem-me os pensamentos e assim medito com um alívio passageiro. Mesmo que só seja por uns tempos, esses tempos já dão um jeito!

Nem sei bem por que me sinto assim!
Indisposição mentalmente física, enfim,
cãimbras no intelecto dão cabo de mim.
Pensamentos viciados impingem sofrimento.
Em escala negativa após o fim, recomeço no infinito!

Pensamentos como um 8 deitado nos dois sentidos, são causas bipolares que mexem comigo. No intermédio ressuscito, regresso à realidade, há angústias que agem como sombras quando foco o interior sombrio, refúgio de alta tensão. Fico à parte do enredo, escrituras desenvolvo em longas horas de introspecção. Dá-se o início à contagem decrescente, anuncia-se ERUPÇÃO NEURÓTICA!
Explosões psicológicas, auges de emoções que ficam na memória, sensações fantásticas, sensações caóticas, fusões maquiabólicas que às vezes se tornam drásticas. Nóias galácticas, nóias universais, perguntas rectóricas que varrem a tranquilidade como enormes vendavais. Ciclones agudos como otites sucessivas imanam dores insuportáveis em sessões contínuas de massacres profundos.
Profundezas virgens são exploradas por recursos que se adquirem, os produtos que se atingem são resultado de múltiplas viagens que até me fazem chegar a pontos de vertigem. Integrado no espaço mental como um deserto à beira-mar, mantenho-me perto de origens primordiais. Da ausência à abundância, da intriga ao fascínio, averiguo os vários ambientes e tento ser produtivo. Pensativo, situo-me como florestas em precipícios. Salto, brinco, corro, caminho na margem do perigo. Mergulho nas profundezas procurando as raízes! Com autognose me exercito ao longo dos dias da minha vida mas há dias em que acordo mentalmente massacrado sem saber bem o por quê desse estado.

Nem sei bem por que me sinto assim!
Indisposição mentalmente física, enfim,
cãimbras no intelecto dão cabo de mim.
Pensamentos viciados impingem sofrimento.
Em escala negativa após o fim, recomeço no infinito!


2005

terça-feira, julho 21, 2009

Actos <---> Estímulos

Do avesso tudo é mais intenso porque fujo à superficialidade do pensamento. São dois mundos encaixados, o mudo no macabro, o macabro no mudo, é na minha solidão que sofro. A dor é um casulo que transporto, por dentro sou como um animal solto num prado. Salto mas não escapo, estou cercado por dúvidas que me mutilam como arame farpado em terrenos alheios. Basta um simples sinal para os sentidos ficarem abertos para pretextos impostos no movimento. O meu vagueio vai desde os ossos à forma em que me condenso. Abri um buraco no crânio, formei um terraço que favorece o meu desempenho no meio dum mundo que corre contra o tempo. Parece que a evolução traz mais sofrimento!
["Veio a civilização e ela modificou o formato com o tempo!Surgem catástrofes e o pânico é pleno, momentâneo!Mas com o veneno que ela trouxe já não sofre só o ser humano!"]
E isto eu sublinho porque condeno quem não respeita o próximo. Mesmo que não seja ouvido tenho a necessidade de expulsar o ódio, o amor, sentimentos que em elevado teor se tornam tóxicos para o meu interior. Por isso e não só, escrevo, viajo na minha percepção como um cego quando ingere alucinogénicos. Dou de frosques mas mantenho-me preso no que me envolve. Quando a alma é livre, ela nada ao corpo deve!

Há maravilhas escondidas pela atitude que o Homem exerce!
Se a humanidade é uma causa, ainda mais se remete
o meu ser a tal submissão. Tumor cresce, espírito esvanece,
só com acção-percepcional a alma renasce.
Sou maioritariamente responsável pelo sofrimento
que me abate(mas cala-te!).Porque a cinza que me preenche
dá-me motivação para o ingresso no combate.

Surge a vontade, a motivação para o escape à auto-destruição. Flashes de contento passam para a linha da frente, desenvolvo a minha capacidade criativa. Maquinaria produtiva promove fórmulas mágicas para toda a vida! Experiências individuais levam-me a outro tipo de crença, além da religião! O produto que se cria vem do intelecto, do trabalho da imaginação. Posso vaguear do real ao eu real, mas o ponto chave está na compreensão que se tira de tal exercício mental. No imaginário constrúo sonhos e pesadelos (sim sonho!), mas não entro no sono quando estou acordado. Menos mal! O adormecimento é um reflexo da atitude mundial que se arrasta para além de um momento!
["Um dia alguém nos dará os pêsames e muitos ficam sem saber o que perdemos. Mundo vivo, mundo natural, é um mundo que antes de nós já possuía alta tecnologia. Depois o Homem colocou-se no topo da cadeia alimentar e pior, é que para além das necessidades obteve o vício de matar."]Trignometria lírica acarreta críticas analíticas perante o holocausto dos nossos dias! Se me dá o desejo do retrato visiono o objecto ao pormenor, quando a partir daí me expresso, permaneço no concreto do interior e do meu redor. Virado ao contrário sou como um tumor! Basta um sector para danificar o transmissor! As transmissões que recebo são responsáveis pelo liso e pelos vincos que ficam no avesso. Por mais que me esforce para compreender, há coisas que não percebo! Fujo a facadas cerebrais procurando um meio como aconchego!

Há maravilhas escondidas pela atitude que o Homem exerce!
Se a humanidade é uma causa, ainda mais se remete
o meu ser a tal submissão. Tumor cresce, espírito esvanece,
só com acção-percepcional a alma renasce.
Sou maioritariamente responsável pelo sofrimento
que me abate(mas cala-te!).Porque a cinza que me preenche
dá-me motivação para o ingresso no combate.


08/03/2005

quarta-feira, julho 15, 2009

Olhar para uma folha branca e ter vontade de a preencher.
Escrever mas com vontade de escrever diferente do costume.
Só que passadas poucas linhas caio novamente no mesmo instinto. Constrúo rimas em cadência bruta, o tempo que as demoro a escrever é como do pensamento à caneta. Entro num ciclo a que não consigo pôr ruptura, pensamentos fazem sprints, com palavras faço flicks, vou aumentando a dureza do exercício, começo a andar à nora. Sigo, sigo, sigo, não viro nem paro e num ritmo desconcentrado rimo ao acaso. Que cena do caralho, do imprevisto surge o belo, o espanto e o magnífico, recomeço a ficar marado mas hoje mudo logo de assunto. Não tenho tempo para perder, mas ele não se perde nem se ganha, passa-se. Assim, acompanho o tempo, tento ser impulsivo, estimulo a criatividade, tento ver o que sai. Escrevo sem emendas nem compreensões. Ideias saem-me da mente, tenho ideias em convulsões e logo trato de as pôr à experiência. Se merda é o que sai, olha, paciência!

2006
...
Tantos pensamentos, pensamentos que não compreendo e é na compreensão do que não entendo onde reside a incompreensão. Horas após horas à mercê de uma ânsia que me come por dentro, a única solução a que às vezes me rendo é à distância do pensamento. Tudo isto se torna inútil quando o pensar faz parte do meu ser. Eu não penso que penso, apenas penso com a certeza que o pensamento é a causa geral do meu sofrimento. Sentir é sofrer! Ignorar é viver! Não acredito mas digo-o porque sinto e sofro, luto para com o desconhecido; quem ignora isto anda sempre com um sorriso.....
Conclúo no meio disto tudo que sou um vagabundo na razão de um futuro!

2005

sábado, maio 16, 2009

Ruptura opcional

Numa fuga à monotonia da vida humana que se instalou, direcciono-me para espaços sinfónicos que a (.....) acentuou. O passado é uma prova, uma presente uma jarda, continuando assim não sei o que me espera!
Divago desço a escada, passo dias no sótão mas hoje tive que dar o baza! O dominó está viciado, os pensamentos não me levam e nenhum lado! Movo-me ao acaso sem trajecto delineado. Casa a casa percorro o tabuleiro, o corpo pode estar presente mas o espírito não tem paradeiro. Limito-me a fluir pelo impulso sensatorial, o meu preceito é feito de sensações, emoções, pensamentos com senso e respectivas acções. Sou livre como o ar pela sensibilidade do meu ser, não avisto nenhum percurso porque só o próximo passo é que faz acontecer! Vem a metafísica, a metafísica contemplo. Assim, é o poder animista que vou desenvolvendo, surrealista talvez, mas é com esta imaginação existencialista que vou aprendendo novas formas de conhecimento. Metaforicamente falando! Entram sons pelos olhos, visões pelos ouvidos e tudo pela complementariedade dos sentidos. Imaginações no pensamento com o concreto no abstracto sempre tendo em conta os princípios de cada tempo. A natureza está sempre em movimento, evolução constante, observo o oposto na monotonia desta gente! Sente-se intrigada mas nunca faz nada, preferem estar cómodos na merda do que fazerem sacrifícios para benefício próprio. A vida é uma oferta! Sinceramente, continuando assim não sei o que nos espera!

Homem VS Terra, o combate que acelera a destruição do planeta. Mãe Natureza é atacada por um filho que age de forma estúpida. Época Holocénica altura do seu nascimento e com o tempo,
com actos, foi deixando a sua escrita, observável na crosta.
Holocausto, o conjunto de traços que forma a sua rúbrica.

(IVO)Não sei somente o que caminhei...
...Ambicionei quando nasci poder crescer e ser feliz, não como algo inato, apenas porque alguém o quis! E aqui estou! Num presente permanente à espera do que me espera. É esta merda? Quem me dera ser um dia metade do que previa, se os sonhos fossem baratos pagava com melancolia que o meu espírito emana enquanto sonha. A realidade medonha, são escolhas manipuladas por atitudes forçadas, sonhos, ideias condenadas vão perdendo importância. No meu mundo a violência é reflexo da ganância. Tento infinitas estratégias, sou só peão no tabuleiro, espiritualmente sem rumo num corpo que tem paradeiro, ser subjugado a um sistema! Leis do patrão epistema que me faz ser empregado enquanto sou enrolado, vigários formam um legado, esta expansão materialista! Ao fim de vidas de trabalho somos só números numa lista vendo passar os sonhos, na televisão e na revista. Eu sou ermita! Espero pacientemente o sol entrar na minha gruta, tento iluminar ideias que surgem do improviso! Esse nicho metafórico, na mente, quando é preciso esclarecer as opções pra um futuro incerto! É concreto num momento mas abstracto no pensamento, vai estabelecendo rotinas a cada tento. Até à ruptura! Por cada escolha errada que provocou esta amargura existencialista. Não saber o que nos reserva, o que criámos, é uma pista para apurar a verdade, é metafísica, diz que a alma é que constrói a eternidade. Sigo instintos, sentidos, no limiar das emoções dos seres com os quais me identifico, como perplexo ignorante à espera de ser esclarecido! Uma sinfonia lesa, timbra vã no meu ouvido, é o pulsar da natureza, o ritmo que em mim tem crescido é mais que nunca uma quimera! Não sei se crio ou se destrúo, não sei o que é que nos espera.

Homem VS Terra, o combate que acelera a destruição do planeta. Mãe Natureza é atacada por um filho que age de forma estúpida. Época Holocénica altura do seu nascimento e com o tempo,
com actos, foi deixando a sua escrita, observável na crosta.
Holocausto, o conjunto de traços que forma a sua rúbrica.

segunda-feira, maio 11, 2009

Ao que estou submetido

Acordo, levanto-me, mais um passo na minha vida.
Um dia dá-me tanto que eu estou cheio de porcaria
por dentro. Sou masoquista em relação ao pensamento!
Há tantos caminhos para escolher que eu perco-me no silêncio da minha voz, no barulho do meu crâneo. Rodeado, a sós! Penso em tanta coisa ao mesmo tempo que crio um tormento instantâneo pelo espontâneo desespero.
Desoriento-me no enredo do consciente.
O desnorte causa massacre na minha mente!
O acaso é previsto, quero sair, mas insisto!
Canso-me no interior, pensar ajuda mas por favor!!!
O excesso prejudica, o que eu faço a mais a outros dá preguiça.
É um processo incesso marcado no meu progresso e o que peço é que não regresse a merda de outro dia, qualquer um! Só que apesar de tudo, isto é um ingresso pá melhoria.
Estudo, tento compreender, explicar, é uma foda!
Simplesmente, é ontogenia própria!
Olho para as ruas, para a natureza, para as pessoas, prá minha pessoa. Há dias em que nada se relaciona!
O sentido é inexistente, o significado identifica-se no vazio.
Sim, são nestes dias que me sinto um vadio.
Sou um passageiro que passa despercebido na razão
e o motivo, não tem explicação.
Sincero é o que sou, é o que transmite a minha mão.
A felicidade é o projecto que tenho na minha ambição.
Dependo de mim próprio como o pensamento da imaginação!

Pró que vivo é aquilo que eu sinto
Pró que sinto é aquilo que eu vivo

Recordo, recomeço, na angústia me afogo.
Mutilação do cérebro é o preço que pago.
Incrimino-me pela consciência do acto.
Depois de tantos episódios agora estou mesmo farto.
Cato, previno-me de frutos proibidos!
Tenho encontrado vacinas para produtos fodidos
que me estimulam nega e efectivamente.
O veredicto é anunciado por um juiz eficiente,
compreensivo pelo que sente.
Estou ciente que quase tudo é passado a pente fino.
Se encontro soluções a maior parte é porque rimo
pelo desatino do inclino do último piso.
Viso miragens pelas grátis viagens a mim dirigidas.
Organizo-as, guio, usufruo, utilizo-as e às vezes dão-me chapadas.
Elucidam-me do percurso e na causa improviso mapas
que me encaminham com indicações codificadas.
O meu mundo é lúcido está repleto de fantasmas!
Constrúo cenários coloridos, a preto e branco, distorcidos.
Desde já um cumprimento para todos os verdadeiros amigos!
Para tudo o que me move!
Disparo com sentimento para tudo o que me envolve!
Balas que saem do revólver verbal,
o que fica só me faz bater mal!
Cá dentro tenho um poço sombrio que chega ao núcleo do encéfalo de grande potência. A estrutura liberta cargas de energia que suprimem a doença pelo que escrevo, pelo que falo, por tudo que é recalcado e cede partículas de experiência.
A minha experiência faz-se do hábito,
tenho pouco tempo mas mesmo assim não me calo!
A sentença já foi ditada, só tento tomar o controlo.
Fui decapitado, a cabeça separou-se do corpo.
Contudo interagem porque a pouco e pouco vou saíndo do sono!

Pró que vivo é aquilo que eu sinto
Pró que sinto é aquilo que eu vivo

(03/2004)

quinta-feira, maio 07, 2009

Homem VS Mundo

(IVO)
Há um revés de gerações que pulsam vida e se sucedem, há um efeito borboleta em todo o mal que antecedem. Água, fogo, terra e ar sofrem com um elemento, o Homem, o seu mal contínuo provocado num momento faz da escolha natural um acesso premeditado o que transforma, o que constrói é destruído noutro lado. O confronto é inevitável entre o meio e o poder que se alimenta do medo que faz transparecer iludindo a ignorância (FIFFAS) com a inconsciência à sua semelhança através da acção tansa. Poluição é mais que uma ameaça, é uma causa para a degradação do planeta. Avançam intempéries por falta de mentalidade, a capacidade de raciocínio escasseia nos tempos modernos. É tudo tecnologia, evolução e a cada dia que passa a incompreensão ganha terreno. Erros e mais erros, poucos tentam evitá-los, os lapeiros comodistas irão ficar engasgados pela merda que favorecem. Não compreendo, mantenho-me a par, recuso-me a aceitar certas cenas que acontecem, prevalecem e se mantêm malificiosas para as propostas que a natureza nos pôs. Humanidade bateu na porta errada, naufragou na via a que se propôs. Valores sofreram uma reviravolta e nas sociedades o pânico se instalou. Há falta de gentileza para quem nos criou, criou-se um clima podre na civilização, existem confrontos desnecessários que originaram esta minha visão. A fé ou esperança que guardo, não é mais que um vazio concentrado de estupidez humana que interfere na minha compreensão.
(IVO) Se o amor tem mais poder que a violência há um paradoxo que me testa a paciência, a minha experiência diz-me para adorar a Terra, a mesma corrompida pela ganância da guerra. Opressão e monopólio dão em novos ditadores, os mesmos que alugam o espólio prometem vidas melhores, esgotam recursos inúteis incutem os seus valores como a nova religião, materialismo, a doutrina consumista que nos empurra do abismo! Condenados a uma vida fútil, presos a um meio social que nos leva a um futuro sem um dogma ou ideal, satisfatório! De geração em geração vai-se arrastando o premontório que noutro sítio se acumula, a base da nossa vida não se regula, sofre em premuta constante. De nada vale a sapiência quando o rei é ignorante. Nada garante o que nos reserva o futuro, segue por vias transcendentes, visão dos erros do passado predizendo o que sentes.

O bem, o mal, as duas faces de uma moeda, o próprio Homem.
O produto da evolução das energias que consomem.
Qualquer acção e reações ricas em efeitos secundários.
Espelhos da civilização inibem os sonhos primários.
(FIFFAS) Todo um ciclo de vida é afectado por um ser inoportuno. (Ai é agora após o sono!?) O ser vivo mais complexo transformou o rumo vitalício. Por mais artifícios que se criem já não nos tiram do lodo!
(POR ISSO...)

Sinto o que sinto do que se sente, sinto-me deprimente, invadido por pensamentos negativos acerca do Homem inconsciente. Estou ciente do que digo pelo que observo, observo distúrbios no fenómeno que é a mente e é por essa observação que opto por caminhos diferentes. A infecção propagou-se sem barreiras nem exitação, o caos citadino expandiu-se, atingiu o meio rural, contribuiu para a sua degradação. Civilização vive lado a lado com a corrupção, tem a febre do dinheiro, pseudovalores em ebulição. Rotinas cansativas, monotonias aflitivas, muitas vidas em questão. Pessoas perdidas, sem orientação são iludidas nesta evolução regressiva. Sendo objectivo, ideias analíticas formam críticas construtivas mas não passa de uma opinião! O mal é contínuo mas qual a razão? Metam o pé no travão. Se o mundo não tem salvação que se salve quem tem o senso mais à mão.
(IVO)O credo na religião não nos salva do purgatório, o nosso próprio asilo, provoca um peso notório, na consciência! A experiência de uma vida, que, hábil, solta a inocência, enfrenta o vasto vazio da sua essência. Um mundo sem opressão, só altruísmo, acumulado em vão sentado à beira do abismo. Enquanto escolhas se apagam, uma chama permanece a iluminar cada alma que sonha, e o seu destino tece, numa ventura! Numa fé de que emoções surgem de energia pura! Boa ou má, há em cada um, canalizá-la é uma amargura, saber qual influencia mais a qualquer momento. Cada acção é um espelho que reflecte o pensamento. Mas há acções positivas que despotelam negativas, tornando todo um meio, eterno ciclo vicioso, enquanto morre um anjo, nasce um demónio ansioso, lutamos sem argumentos, pois quando o mundo está perdido unimos os nossos sentimentos! Protecção, competição são inatas em qualquer espécie, é o coração a pulsar vida a que qualquer ser agradece! O Deus, vida, alma global que surge em toda a natureza. Relações físico-químicas que alimentam a mesa em simbiose de amor. Gerando todo um Universo, o Deus maior!

(2005)

sexta-feira, abril 24, 2009

Impulsos Naturais

Existo, pulso energia como qualquer organismo e enquanto vivo, tenho impulsos para tarefas de que necessito. Entre diferentes espécies e raças que cohabitam neste mundo, sou só mais um indivíduo à procura do equilíbrio. Até o ser mais minúsculo tem uma função a desempenhar no planeta, o Homem está no topo, tropeça pelas próprias pernas e faz tropeçar os outros. Mecanismos criados afectam o desenrolar das cenas. O empenho trouxe o progresso, o desempenho fez destroços. Excrementos humanos são maciços rochosos! São os produtos da evolução designados tóxicos, nefastos que semeiam ambientes caóticos a caminho do holocausto. São meros actos que destoem tudo o resto, qualquer ecossistema que esteja perto do nosso passo "que se segue!" O rasto que deixam assemelha-se a uma peste onde nem o factor tempo tem hipóteses favoráveis na irradiação desta praga, OBJECTO DO NOSSO PROJECTO! É drástico! Evolução da natureza é fascinante, evolução da humanidade vai além do degradante! E como consequente, eu como ser pensante, tenho o impulso natural de me dedicar a actividades que transmitam harmonia à minha mente! TANTO NA MÚSICA, NO DESPORTO E NA ESCRITA, NÃO O FAÇO SÓ POR DIVERTIMENTO, LEVO-O COMO FORMA DE VIDA!

Envenena a alma, mata o espírito

(EDGAR)
Se a inteligência é sinónimo de supremacia, a crença surge como limite à insignificância do absurdo.
O poder extremo do raciocínio é uma faca de dois gumes - o pensamento conduz-nos ao extremínio e a autodestruição alimenta o nosso veneno.
Caminhamos sozinhos na multidão, acompanhados por ninguém, isolados por alguém.
Somos decapitados por colectividades individuais, mentes maquiavélicas lideram muito acima da vida terrestre onde enormes massas são míseros alvos de pura manipulação. Acreditamos naquilo que vemos, ouvimos ou sentimos mesmo quando sabemos que a verdade se esconde por detrás dos nossos sentidos.
Mentalmente frágeis vagueamos à deriva no sentido inverso. Ironicamente lapidamos o intelecto na procura da materialização ou proficiência do poder.
Novo milénio, é a economia espiritual. A ilusão tornou-se permanente no encéfalo humano e a individualidade abstracta e frieza catastrófica são o terrorismo urbano.


(FIFFAS)
Essências modernas são o brilho da podridão, truques de magia mal executados levam a raça humana a ser vítima da sua criação. Homem o mágico sem capacidade para a profissão, cria e destrói, num ciclo que não tem total controlo, contrários nascem dos contrários e a acção humana do espectacular passou ao ridículo.
Humanidade está num sono profundo, com enormes pesadelos e o Homem é o próprio monstro. O mundo está ofegante cada vez mais obscuro, pensamentos são afectados por tamanha estupidez. Mete-me nojo quando olho para o percurso! Sinto-me moribundo e com vontade de o ser!
Como indivíduo tento construir um futuro mais promissor do que o que está ao meu dispor, fecho-me no interior, busco a razão como essência, o senso com coerência, regulo o comportamento pelo que me dignifica e caracteriza, vivo de consciência tranquila.......só morro quando o corpo fraquejar.....
Enquanto estiver lúcido, existo de corpo e espírito com a missão de purificar a minha alma.
Sou apenas mais um indivíduo inconformado que lida com o meio em que está inserido, isolado na multidão numa luta pela sobrevivência. Moral face a enormes atropelos, martiriza-me a compreensão. Foram deturpadas todas as noções básicas de civilização!!!
Vivo num mundo de alegrias e tristezas, paz e guerras, cada vez mais mesquinho e o arguido não tem defesa!!!
ATMOSFERAS MELANCÓLICAS têm inúmeros esconderijos e o cérebro é a caverna! ENVENENAM A ALMA, MATAM O ESPÍRITO. Pensamento o instinto.
Dispersado do mundo exterior, tento me abstrair, não do mundo, apenas do momento. Vozes íntimas que sussurram, diluem-me no espaço, afasto-me de realidades mesquinhas apenas quero estar sossegado. Mas mesmo no significado pleno do termo. Quero deixar de me sentir, mesmo como pessoa, ser livre e autêntico, sentir-me apenas como um ser vivo e sem mais qualquer tipo de pensamento. Necessito, faz parte da minha rota indefinida esteja eu bem ou mal com a vida. SE A VIDA É UMA APRENDIZAGEM EM PUTO TAMBÉM APRENDO. Reencaminho-me no caminho mesmo quando o desvio é longo. Instinto e raciocínio a bússola com que me oriento, posso não ter uma direcção mas apenas basta um objectivo!

terça-feira, abril 21, 2009

Dias mortos, pensamentos absurdos, incómodos, virar-me do avesso e sentir-me deslocado de mim próprio. Um peso que carrego aos ombros, um fardo que transporto neste mundo pela maneira como o vejo pela maneira como o vivo. São sopros mudos, ofegantes, que me invadem e quebram o real com raciocínios oblíquos. Dias inquietantes, sóbrio no vazio caio perdido em pântanos do cérebro, em delírios lúcidos que causam desconforto!
Crio enredos que circundam a percepção, distorcem a razão, não perco a noção, o meu livre arbítrio faz de mim um moribundo num caminho em plena construção. Pauta pela descoberta, aquisição de conhecimento, sensações próprias com que me oriento, desoriento, como um músico criativo a minha harmonia tem contexto. Há sempre um motivo face a atitude com que me debato, mesmo que me pareça estranho sou compreensivo, até à dor martelo, MARTELO, assim prefiro para que no futuro não continue confuso. Meto em pratos limpos pensamentos sujos, autodidacta não renego a conselhos de amigos. Como indivíduo solitário apresento limitações, é nos relacionamentos que capto novas vibrações e apuro os meus sentidos. Universo é um espaço vasto, não me aflijo por ser minúsculo, sigo o meu rumo como a natureza apenas faço o que tem de ser feito. (desafio do indivíduo?).....

terça-feira, março 31, 2009

Vagueio no meu mundo, absorto no que penso, a decadência do meio em que vivo condiciona-me o pensamento. Morto-vivo deambulo, ganho experiência de vida mas a evolução deste povo dá-me tendências de suicida, suicídio. O meu livre arbítrio leva-me a procurar abrigo neste holocausto colectivo. Miséria, desgraça por todo o lado, a culpa não é de um indivíduo, é de todo o esquema que está montado por detrás deste sistema nefasto para o globo, para a nossa espécie. Filha da puta do processo que permanece, causa stress, anda tudo com a pressa em busca de merdas sem interesse. Vivemos num mundo caótico, o Homem já não usa relógio, usa cronómetro. Entrámos de cabeça no século XXI (eheheh!!!), Bin Laden, choque no cérebro (BUM!). Bombardeamentos no planeta, bombardeamentos na consciência. Seres desumanos praticam crimes violentos, a realidade é uma doença! Moral face a enormes atropelos. Contruímos um mundo diabólico, ética em declínio! Frenético ritmo que destrói mentes, enfurece. Causa dementes, enlouquece, PESSOAS, ignorantes, seres deambulantes que passeiam por caminhos degradantes. Cria apatia, a indiferença que contagia. Materialismo o que rege o dia-a-dia. É para todo o gosto, vícios crescem de forma estúpida! É ridícula a evolução.
Sociedades construídas, cidades levantadas, invasão foi maciça, sonhos perpetuados (psicadélicas viagens!!!) ficaram de pantanas logo de seguida. Debandada da consciência! Consumismo a praga que fomenta este ciclo eterno. Anda tudo à volta do mesmo. Dinheiro a artéria da vida, é ele que comanda esta merda. Por isso, não há preces que me dêem esperanças. É exponencial o crescimento da destruição. Com o mundo às avessas não me espanto! A loucura é o alimento que se serve ao cidadão. Televisão a preto e branco ficou a cores, a nossa evolução está negra, não espero dias melhores!

...divago matinal...

Ao vento da manhã, da madrugada que se estende pelo amanhecer, chego a casa, vou à janela do meu quarto e sob tal vento dá-me a vontade de vir escrever. Não sei sobre quê mas é esse o motivo que me faz começar a encadear ideias em palavras, fluir no espírito e entrar no ritmo da alma com ou sem pensamentos, do mundo sensível ao inteligível, disperso-me em sensações que mantenho. Nesta luta diária com a vida que se queima como incenso e dá-me aromas para novas perspectivas, pontos de vista com que me guio neste caminho que sigo à deriva, gasto saliva enquanto falo para dentro e tudo se apaga de seguida, escrevo livros no cérebro mas é na folha que os meus delírios ganham forma. Deliro com metáforas, o sol nasce e eu fecho-me em rimas inesperadas, a luz expande-se e eu transformo-me em viagens concentradas no meu mundo interno. Pertenço a um meio mas por dentro vagueio, sou livre no significado pleno do termo. Não há leis nem mentes que defrontem os meus pensamentos! Sou livre enquanto penso, manifesto-me lealmente perante o meu cérebro, quebro o ritmo, pauso uma beca neste ritmo frenético do ondular da caneta, rimo faço versos preparo-me para a pirueta, a jincana que esta inspiração comanda, mudo o cenário porque é hora de desbunda.
Que se foda a macumba e toda a magia negra, o cérebro manipula o comportamento mas o ser humano adora jogar à cabra cega. Superstições e crenças desencaminham vidas num leque de falsas esperanças, iludidas sem total consciência. Ambas têm uma razão dentro de si mesmas mas quando pessoas andam às escuras mais facilmente tropeçam. Que se fodam os sentidos apurados, a intuição é ínfima em comparação com a coerência, realidade dos factos, deparo-me com vontades aliciantes, escrever é mais que um vício já não é como era dantes.

quinta-feira, março 26, 2009

A consciência que tenho da vida, leva-me cada vez mais a actos espontâneos. Habituei-me aos contratempos, tantos planos destroçados, objectivos caídos por terra. Momentos de puro prazer transmitem-me energia para quando estou na merda ter forças de reserva. Trabalho o espírito em momentos de monotonia, tento fugir a rotinas porque é isso que fode um gajo! Todo o dia a mesma cena, o ciclo que se gera causa angústia, assim, ajo contra.
Não me conformo com muitos dias entediantes, felizmente tenho abrigos que me libertam destes tempos decorrentes.
Na sombra, no escuro eu me refugio, a realidade quotidiana ofusca-me a percepção do que é viver a vida.
É crítico e doentio a forma que o desenvolvimento assumiu, INDÚSTRIA, CONSUMISMO, hoje em dia vidas são como fósforos, ACENDEM......e ARDEU!!!
Relógio biológico é acelerado por este ritmo frenético STRESS! deste mundo caótico TRANSE! As massas todas na mesma viagem atropelam-se na busca do triunfo. Daí vem a inveja a ganância e isso tudo, todos os adjectivos negativos que retratam a mente, o pensamento do indivíduo.
O futuro é deprimente, o percurso duro e longo, o mundo é resplandescente, está a ficar cavernoso. Cidades são nichos de pragas e distúrbios, aparecem como um sonho (êxodo rural), tornam vidas num inferno, são um rebuçado com veneno que depois de desembrulhado se transforma em degredo. Agora quer-se o regresso ao passado, um modo de vida mais tranquilo, todos evoluem porque são seres vivos mas o desenvolvimento não é para todos.
(IVO)
Transmitimos confiança em atitudes controladas. Assistimos à mudança mantemos as mãos atadas, baseamos o futuro em pensamentos instáveis, energias momentâneas, auras inimagináveis. Conseguimos mudar caminhos pré-definidos, procuramos levantar ideias, sonhos caídos que jamais se irão esquecer. (FIFFAS) A memória é uma caixa mágica que pode fazer acontecer! O que somos devemos ao que fomos, o que seremos é algo que fica por dizer. A percepção que obtemos reflecte como pensamos e como nos leva a interagir com o conceito ocasional. É na criatividade que o ganho transporta total satisfação interior! (IVO) O valor impomos nós ao libertarmos suor, lutamos quando sentimos, tentamos dar o melhor quando agimos no meio de um mundo supérfluo, sujeito a convenções sobre o que é o mais correcto. Tento escolher ao máximo os becos onde me meto. Um labirinto cerca o destino que nos guia pela vida, sorte e oportunidade são o paraíso, uma saída (FIFFAS) muitas vezes é simplesmente o objectivo a que estamos submetidos quando envolvidos em vivências tempestuosas. Um gajo tenta mas são sempre mais as perguntas que as respostas! O tempo esconde-se em agonias e mágoas, cenas maradas que nos grizam, quebra-cabeças que distabilizam, infuenciam o comportamento pela vida fora. Percorremos troços com mantimentos diferenciados pela rota que construímos procurando o aconchego, enfim, do caminho que seguimos. (IVO) Existimos como elos de uma aliança. É mais forte a esperança que a força de vontade que se manifesta, festa faz a natureza que comanda o que nos resta, um futuro de recursos transformados em energia, inventam necessidades que manipulam o dia-a-dia. Gratidão e submissão não devemos nós ao nosso sol, não a vis capitalistas que nos guiam em caracol, dão-nos um trabalho ingrato, o desacato é instalado, presos em meios sociais, um pacto imposto para um sistema espalha ódio entre os iguais. Somos demais para viver bem, e tão poucos para a espalhar, paz é volátil, imprescindível, invisível como ar, (FIFFAS) visível como incerta, tanto se pode estar bem como logo a seguir estar na merda.A paz é humanodependente, porque só surge pelo conteúdo que cada um tem na mente. Portanto, nesta era decadente, paz e sossego apenas depende do indivíduo.

O acto está de acordo com a nossa compreensão.
É a nossa experiência que se verifica na acção.
Raciocínio leva à inteligência, inteligência a outro tipo de visão.Perante o conhecimento ignoramos a ilusão. (IVO)
A prisão que é o saber quando encurrala as ideias
aquelas transcendentais que surgem sem pensar a meias!
A raíz do conteúdo que nos enche a cabeça
brilha como o sol, pra todos, capto antes que anoiteça!

Procuramos confiança em cada laço de afecto manifestado em cada comunhão de ideias com quem nos relacionamos. Procuramos felicidade para apagar memórias tristes, as desilusões do caminho, as colisões e os despistes! Certos cabrões esquecem que até existes como qualquer um. Competem pelo melhor trono em todo um lugar comum, o paraíso! Um caminho de luta aguentando o sorriso, esperando o melhor juízo de cada passo caminhado, se não encontrares paz aí talvez nunca tenhas amado, a tua vida! Tem uma solução fodida como um enigma cativante que um interesse volátil decifra a qualquer instante! (FIFFAS) Na insatisfação permanece o desejo da alcance de objectivos que existem para lá do horizonte. Trespasse de metas transparentes dão motivação para seguir em frente, só há uma definitiva a que nos separa do corpo. Morte a fase do recomeço, teleportação de energia para o centro do Universo, círculo enérgico num constante processo de movimentos, milénio após milénio, foi a nossa ambição que fez quem nós somos, como ficámos através das mudanças ao longo dos anos, quanto mais descobrimos mais desconhecemos! A quem dar o mérito? Ao desconhecido ou ao que desconhece? Vivemos, existimos, não será isso uma bonança por si só?! É UMA FEZADA!
Energia incorporada guiada por uma massa acizentada dá-nos confiança quando bem utilizada, é um utensílio conferido como característica específica da espécie HOMEM. Funcionalmente versátil! Genericamente própria de quem promove a autenticidade! Há vários modos de manifesto mas por desleixo vai caindo na mediocridade! Cérebro a base de equilíbrio da nossa raça, se houver uma avaria tudo o resto nos ultrapassa, passa ao lado, se o objectivo é a harmonia não é o bem estar de um indivíduo que traz a tranquilidade ao globo!

O acto está de acordo com a nossa compreensão.
É a nossa experiência que se verifica na acção.
Raciocínio leva à inteligência, inteligência a outro tipo de visão.Perante o conhecimento ignoramos a ilusão. (IVO)
A prisão que é o saber quando encurrala as ideias
aquelas transcendentais que surgem sem pensar a meias!
A raíz do conteúdo que nos enche a cabeça
brilha como o sol, pra todos, capto antes que anoiteça!

(2005)
Vasculho no meio do entulho, são ideias concentradas que me perturbam. Intenso, confuso, sou ambos porque sinto, sinto tudo de tudo (vazio profundo), tento sempre ir ao fundo da questão e vou tão fundo que às vezes me afundo no escuro da minha compreensão. Tenho o cérebro pesado, cansado, estou exausto pelo pensamento. Entrego-me, tento-me distanciar também porque há certos pensamentos que não fazem bem a ninguém. O meu talento é o empenho que ofereço no que faço, vai além da escrita, vai além do cansaço e na puta desta vida apenas me aqueço no agasalho propício do momento. Mesmo estático estou sempre em movimento! Já dei voltas e voltas mas ainda não me contento!
Já estou farto do que sinto, desta realidade que me pertence, sinto-me estúpido e confuso, um futuro em sociedade não me convence! Sinto-me à parte, estou fora deste jogo, não quero luxo, quero sossego, dedicar-me à arte de viver é um objectivo profundo! Não me iludo! Emprego é necessário para me manter firme no itinerário que escolho. É este o segredo, o meio pó sustento que sustente a minha viagem pelo mundo. O aconchego sou que o crio, quando penso quando desbundo com os meus amigos pela noite dentro. Noites serradas, mato, djambezadas, charros e bubas, divagos no tempo. Melodias improvisadas surgem da interacção dos instrumentos com as nossas almas. Sons profundos, instinto que sai dos nossos corpos.....

terça-feira, março 24, 2009

Oportunismo anti-parasita

Há magia paradoxa! Descobri a sabedoria pela merda que a vida trouxe, abriguei-me na toca no interior do meu ser numa descoberta infinita até à meta desta minha existência. O meu súor faz prever o troco que vou receber! Em longos períodos hiberno enquanto sinto dor no cérebro. Imperam combates violentos, a minha arma de defesa é a minha arma de ataque, debato-me com o pensamento. Na direcção dos 4ventos direcciono-me ao acaso, pronto para o acaso porque é no momento que fico preparado. Da compreensão do meu passado resulta a compreensão do meu presente, o meu itinerário dá o formato da minha mente. Reflexões profundas ficam baças quando passam cá para fora, o estado físico varia e é nessa alternância de descodificações que reside o meu espírito de viajante. Insistente, altamente ponderante e é pela minha experiência que opto pelo que realmente é importante. Analiso o antes, visualizo o após, meço os prós e os contras mas se sinto convictamente que se fodam as contas!...
...Inértil, em solo alheio! A fertilidade cria-se no cérebro! Contrario o presente que presenteio cultivando o meu próprio solo com substâncias dos meios envolventes. Se planto tembém colho, do que produzo usufruto. Sementes desenvolvem-se! Qualquer nascença tem uma finalidade! E nós temos que lhe dar o sabor. FRUTOS COLHIDOS DA ÁRVORE SABEM MELHOR! Mantenho-me em sintonia com o universo, livre e natural, formo rimas à sua semelhança mas com o auxílio do intelecto. Qualquer essência pura transcende a plenitude racional e com ímpeto vou-me preenchendo, enchendo o peito e espírito com experiências que dão grande parte do contributo.

(2005)
Memórias invadem o presente, sentimentos esquecidos reacendem no momento. Sinto-me ser arrastado para a cave, lugares recônditos onde o meu ser se perde, afasta do real!
Sensações à muito desprezadas caem-me na cabeça, é o tormento, fico às aranhas! Fico possesso por este estado que não quero, não pretendo. Alimento memórias estranhas, momentos de extrema solidão, só eu, pensamentos e palavras!
Um mundo sem vida, como indivíduo é como me sinto quando há quebra entre pensamento e escrita. Sou um mudo no tribunal, um cego alucinado, estático viajo no universo do cerebralmente fornecido. Imagino, raciocino, deliro, fico confuso, percebo, não compreendo, conhecimento o metabolismo que não cessa enquanto respiro, criativo, encendeio o meu instinto, RITMO, com ritmo rastejo salto caminho no mundo interno, vagueio em profundezas íntimas do meu eu que me afagam este espírito solto com que me debruço de peito aberto.....

(2006)
Questiono minha atitude, talvez abuse mas não caio por terra, agarro-me em galhos, pensamentos desiquilibrados que me aparam a queda com novos aparatos. Procuro equilíbrio, estar calmo e sereno, no fundo, sentir-me cómodo comigo mesmo. Aclamo o sossego que à muito fugido anda e agora em estado impróprio, adapto-me, passo a passo caminho na corda bamba do raciocínio, sem batida nem melodia causo distúrbio no silêncio, simplesmente respiro, ganho ritmo, imagino sou criativo, através do acto espontâneo tento manter-me vivo...
Depois de tanto pensar, fico como se todos os pensamentos fossem apagados. Muito tempo livre faz-me mal à cabeça! Penso no vazio, tudo é mais abstracto, de tanto recordar e imaginar, começo a sentir-me fraco. Acomodo-me num constante e intermitente desconforto, ambiciono uma mudança mas não vejo o ponto do começo, a partida para outra fase, vejo a vida de outra forma, não é so naquela base!........

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Ritmos de um ser

Ritmo! Ritmo! Bate o coração. Ritmo!
Que se foda este mundo e tudo o que nos leva à ilusão!
Grito, mas só eu me ouço.
Com o silêncio me inspiro, com o silêncio me sufoco.
Choro em seco impenetrado pelo sossego.
Converto-me em cego porque o que vejo tira-me do sério. Desespero!
Há trânsito cerebral, engarrafamentos de pensamentos,
estou quase a bater mal por esta sucessão de acontecimentos.
Não encontro contentos que superem a insatisfação em que me disperso e me fecho.
Entrego-me, expando-me quando penso mas este tema causa-me tédio.
É como um peido, o que perturba não é o impacto, é o cheiro, o incómodo da sua presença. Pior que a ignorância é a demência!
Quem prossegue porque reflecte não teme! Mas pelo andamento que isto leva não me resta esperança. Anda tudo à cabra cega, sem tacto, só com a ilusão. Mas que merda é esta?!, a mudança já não é uma condição favorável. Auto-destruição humana, Homem o criminoso impiedoso ambiental. Ocorrem-me 1001 razões para falar mal. Actos sem ponderações razoáveis trazem consequências desagradáveis, pois é claro! Há muitas questões possíveis mas isto é um desabafo! que sai como um estalo de um psicoactivo. Parece que vem do nada mas há todo um caminho percorrido.

Acção-reacção, solidão-sofridão.
Ambas são cenas previsíveis.
Socialização gera incompreensão.
Certos problemas existem mas não passam de merdas imbecis.
Que estupidez profunda!

Euforia pública, genericamente estúpida em busca do sonho da fortuna é como uma penumbra que cobre a minha alma, impávida no meio em que existo. O que miro causa-me repúdia pelo pensamento da luxúria ou qualquer ilusão que venha por acréscimo e que resulte do triste rumo de toda a humanidade. Rumo obscuro assombra o natural, já não acredito no alcance da felicidade por inteiro. Se a isto me manifesto, por dentro protesto, expresso-me sob versos complexos com pensamentos sintéticos impressos, fósseis de transição dão nexo à percepção de diversos gestos. Processos rimáticos controversos, sentimentos apáticos que se manifestam. Diálogos num só universo, o meu cérebro e a minha imaginação sobrevivem em qualquer terreno. Faça sol, faça chuva, haja senso ou loucura, o medo ou receio que tenho fazem com que dê o meu melhor sempre distante de quem me julga. Neste planeta obscuro objecto de um assassino que não perdoa, continuo o meu caminho a trote, a galope, a passo ou na palhota. Vou observando a vida de vários ângulos como quando se faz uma de bolota. Conforme se a trabalha também difere o sabor da passa! Com complementos se forma a poesia e com o que experiencio se vai formando a minha vida.

Ritmo! Ritmo! Bate o coração. Ritmo!
Que se foda este mundo e tudo o que nos leva à ilusão.
Pulsações sinto mas às vezes param!
Socialização gera incompreensão e desatino por ser ridículo.
Com atenção sou um espectador deste circo!

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Mundos Obscuros

Regresso!Do escuro surjo, expulso o conteúdo de pensamentos que me perturbam, em verso, modo oportuno de manifestar o meu protesto sobre o que se passa no M.U. e todo o seu universo. Debaixo do solo obras de arte são criadas mas o produto só é genuíno quando na Terra acções correspondem às palavras. Muitos gajos vivem iludidos em mundos onde sonham ser aplaudidos. Atraídos, influenciados pelos valores modernos que são progressivamente absorvidos pelo subsolo. Afasto-me de climas tóxicos! O movimento está empestado! Logo, como MC reconheço, reajo, actuo como um anticorpo perante um intruso no organismo. Sem rodeios, de lado observo. Movimento é um corpo sólido, fragmentado. Agentes patogénicos andam por todo o lado e proliferam pela andança deste mundo. O mundo era tão belo mas tornou-se obscuro.

Mundos obscuros que imagino, que vivo.
Mundos obscuros em que me martirizo.
Aquilo que eu não aceito, questiono.
Tento ser conciso para comigo mesmo.

Censuro! Ser humano confronta-se entre si numa luta ridícula e ainda para aí muito puto com a mesma filosofia. É crítica a hipótese de mudança, o ponto de viragem está tão perto como imagem de lua nova, com diferenças! É que em 3 dias a lua regressa (putos perdem-se...),mas nem em 3 séculos a Terra voltava a ter esperança de renovação! A destruição foi tão profunda que não hã salvação, a nossa evolução trouxe merda em excesso. Trouxe venenos sem antídotos eficazes e então, sem estar alheio a catástrofes tento aproveitar ao máximo esta oportunidade de viver, de sentir, não quero somente existir. Metafísicas infinitas são utensílios que manobram o intelecto e me levam a interagir de modo como penso. Disperso-me na altura, armazeno energia pura, radiactiva. Matéria que se acumula por dentro e a minha alma respira.

Mundos obscuros que visiono, sinto.
Raciocínios que alimento condicionam-me o equilíbrio.
Constrúo, resolvo quebra-cabeças.
Problematizo a metafísica das coisas.

Problematizo, evolúo, fodo-me mas continuo solto sob um grizo com aroma a luto. Dialogo comigo próprio em confrontos de ideias. Instauro um colóquio sem datas pré-definidas. O acaso pode ter conceitos mas não tem tempos certos! Teorias e fórmulas não solucionam paranóias lúcidas do cérebro. Obtenho respostas, multiplicam-se as dúvidas. Há todo um enredo que me mete possesso e convulso, abrigo-me em aventuras! Luto de corpo e espírito para atingir o que ambiciono, não curto espectáculos sem conteúdo. Faço porque acredito, no fundo, é disso que necessito! Dou tudo por tudo para dar ânimo ao meu ritmo. Tenho mérito, orgulho, pelo progresso que efectuo! Persisto!

Mundos obscuros que imagino, que vivo.
Mundos obscuros em que me martirizo.
Mundos obscuros que respiro
são os mundos obscuros em que me dissipo!

segunda-feira, janeiro 26, 2009

...
O meu ímpeto é selvagem como animal sou livre nesta eterna viagem com energias em contacto. Adapto-me em terrenos do brain, mar e mato, montanha e deserto. Tenho o meu instinto e as minhas capacidades, deleito-me neste eterno processo simbiótico entre o Indivíduo e o Universo. Por experiência vem o conhecimento próprio, na ignorância e na incompreensão permanece o mistério. As minhas faculdades são um código genético em permanente processo de desenvolvimento. Mente não cede esforços, faz exercício de alta competição. Perguntas, dúvidas e respostas dão-me movimento, movo-me com o pensamento por isso eu escolho a direcção.

Concentro-me enquanto duro com consciência enquanto vivo.
Neste mundo absolvo-me tranquilo. Não penso muito no futuro,
difundo-me!

...
Pronto para a vida como um indivíduo fora do seu grupo. Conto comigo, paciente à espera dos frutos do meu esforço. Dou-me ao luxo de ser criativo, se não tenho paz, faço aquilo que posso para me sentir bem neste mundo. Quem está mal que se mude! Em actos de inspiração distancio-me do corpo, vagueio com o espírito! Salto barreiras do tempo, passo barreiras do espaço, com companheiros em sintonia ultrapasso o Universo!
Mastigo depois engulo, momentos únicos ainda saboreio. Muita merda cuspo, aquela que absorvo dá-me preparação para o trajecto, para percursos em que pré-medito, medito e sou espontâneo, ajo de acordo com o que acredito, valorizo, e só assim me mantenho tranquilo, desespero, mas tenho fé em mim, creio que consigo dar a volta por cima de, basta reflectir, acreditar que, o sonho é possível e só de cabeça erguida vou manter-me firme.
Histórias, factos verídicos que pertencem a formas de vida. Indivíduos que se expressam deixam o seu rasto mas muito ser humano distorce a realidade dos factos. Falcatrua, corrupção, espíritos diabólicos à margem do que se observa. Sociedades à beira da loucura não reagem, bóiam e as merdas pioram com a evolução! Anda tudo à cabra cega, jogam com a ilusão, dinheiro e imagem são famosos pela sua facilidade de obsessão! Muita gente quer o estatuto mas tá-se a cagar pó mérito, seguem a via do fútil à procura de respeito. Doença moderna o tédio do supérfluo! Tal condição condiciona o intelecto, sem estímulo nem actividade leva seres a passear nas ruas da mediocridade lado a lado com o esteriótipo e o preconceito. É o desespero em massa no percurso do mais fácil: o comum! Tudo em busca do triunfo sem ir a lado algum! Bom senso em jejum! Moral aos trambolhões! Todos contra todos! Não se fode um indivíduo, fodem-se multidões! (Pum!Pum!Catrapum!) Até quem está alheio ao confronto está sujeito! (Ohm!) A insanidade entrou em meditação! Expressa-se com manifesto! Fama e poder enchem o cérebro que fica cego e traz exaustão. Depois vem o tédio. Um desconsolo angustiante! Cada dia é um dia mas muitas vidas são iguais! O mundo está decadente, é tudo uma questão de capitais! Reinar o sonho que o Homem tinha (tem) mas o rumo é (foi) infortúnio! Ambições esvaem-se em venenos mortais! Há tantas e tantas merdas que escrituras nunca vão ser demais.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

O meu agasalho

Às vezes existe um frio que me rodeia e a maneira que eu encontro para o meu conforto está no agasalho que suporto. Para tràs está todo um estudo para o estado em que me encontro, todo um acaso em que sempre me debruço. O caminho que percorri é de onde sou oriundo, o caminho que percorro tràs mais que sempre sentimento profundo.
Por tudo o que ficou o que fica não estranho. A luta foi longa, cicatrizes ficaram e o que fica é do meu agrado. Já passou, estou como anseava mas agora é outra história! Sinto-me vivo como esquisito, a memória invade-me mas é com o pensamento que me mexo. Bem devagarinho, aqueço-me na mente sou denso, abrigo-me em paisagens que me distanciam do tempo. É para o momento que vivo, com um pé atràs e outro em falso, atento continuo para não sair distorçado! Para caminhadas calço emoção, visto sensação, sinto com o coração mais ainda pelo limite da imaginação. Vai de infinito a infinito, já é outra dimensão! Compartilho grandes tardadas, grandes noitadas que se prolongam pelas madrugadas. É com amigos, parceiros, companheiros que os dias tomam significativamente a magia das palavras.
São dias maleiros, dias em cheio, cenas plenas por inteiro!
Poetizando guardo imagens do meu meio, do meu passeio pela vida. Um papel e uma caneta até como agasalho funciona.
A vida é linda, nós só a empatamos, se aprendermos a fluir,outra percepção alcançaremos! Apenas temos de reflectir no que fazemos!
Basta de andar à toa!

Esteja à toa, na boa, preservo o cenário!
É na matéria do enredo que eu formo a agasalho!
A magia da emoção ecoa no cérebro.
Moldo con sentimentos o agasalho que tenho.

Quero, faço, não temo, o agasalho sustento!
Música e substâncias são outras cenas a que me entrego!
Mantenho-me conecto com o que anseio,
passo a passo progrido experienciando.
Leio, desenho, contento-me com simplicidade,
desportista nato, observo com veracidade!
Humilde presenteio a hipocrisia da sociedade!
Com naturalismo vagueio fazendo da natureza uma irmandade. Desencadeio liberdade psíquica, toco nos extremos, explosão química! Arritmia escrita, lírica construtiva, concentração psicoactiva, produção comprometida pelo guia e naquilo em que acredita. Dependência mútua! A minha opinião é facultativa!
Mente culta, ignorante luta, abrupta conhecimento variado, as formas que toma metem-me espantado! Tudo tem um todo e como identidade o seu significado. Fantástico o que nos foi oferecido, estou no início de um trajecto criativo, projecto recreativo que alimenta um sentido lúcido para o meu existencialismo. Traduz ambição, traduziu catastrofismo, as minhas formas de expressão traduzem evolucionismo e muito mato pelo caminho a percorrer. A vida é curta e tem tanto para oferecer! Estático, faço longas distâncias com instrumentos necessários para próprio bem. Usufruo daquilo a que tenho direito, se por acaso afecto alguém, arranjo um jeito de tar-se bem! Não gosto de prejudicar com quem tá-se bem! E tá-se bem, porque não tenho inveja!
Encontro o meu agasalho onde quer que esteja!

Esteja à toa, na boa, preservo o cenário!
É na matéria do enredo que eu formo o agasalho!
A magia da emoção ecoa no cérebro.
Moldo com sentimentos o agasalho que tenho.

(07/2004)
Quando sou massacrado por incapacidade de desabafo,
isto é, sou condenado ao silêncio,
sinto-me como se fosse enterrado vivo dentro de um caixão.
Fico incómodo, sou alvo de tortura
e esta merda ainda piora quando sou eu que a executa.
Não sei se tenho ou não tenho culpa!
e no permanente desassossego vou vivendo na angústia,
na amargura que me trazem as reflexões profundas.
No plano da consciência endoideço, chego a pontos de loucura, mantenho-me longe da demência mas perto de quem a pratica.
Com dementes sociais não convivo, socializo!
Faço parte de uma sociedade mas valores?! sou eu que os dou à minha vida.
Não há cá rótulos, nem conceitos estúpidos,
educo-me além do que me educaram, acredito no que penso mas também sei dar ouvidos!
...


(2005)

sexta-feira, janeiro 09, 2009

O Universo é um local coberto de mistério! As suas partes partilham essa característica do seu código genético.
Mistério não tem limites e gera incógnitas, a sua beldade forma um conjunto de perguntas rectóricas.
Vagueio em imaginações categóricas! Pela expansão do conhecimento vou encontrando respostas! Aceito teorias, relaciono-as com as minhas. A subjectividade vem ao de cima, são tudo cenas fodidas! Adoro lutar contra a ignorância e pelo carreiro ganho resistência, saberes que consolidam a base da minha existência!, o sentido que transporto! E esse, está sob influência do consenso a que chega o colóquio efectuado no meu crâneo. Coloco disponibilidade 24horas por dia no cérebro para debates espontâneos que coordeno com pensamentos equilibrados! A meta não se avista no horizonte, permaneço calmo, continuo a caminhada num terreno árido.
Introspecção é o meio de subsistência que encontro e por momentos perco a noção do real. Apenas fico entregue ao meu mundo espiritual! Sou náutico, sou terrestre, sou aéreo, sou agreste no interior tempestuoso. A vida é esplandescente mas ainda me sabe a pouco! Viver é exercer! Viver é sentir, é ter um conjunto de reacções! Viver é ter boas e más decisões! É andar à deriva em busca de objectivos e quem os perde fica à nora e com motivos! Uma vida é um conjunto de passos dados a favor da evolução, excepção à regra quando à falta de compreensão, noção do sentido da sua acção. No fim desta vida para se sair vitorioso é preciso olhar para tràs e sentir gozo, orgulho, por tudo o que foi realizado! Sou novo mas já fui condecorado pelo significado que absorvo, no mínimo absurdo! Percorro picos e vales e por vezes a razão da intuição é como vales de desconto!
Finalizo combates quando o interior está no ponto!
No ponto!
Quando estou pronto.

(2004)

Independentemente do trajecto...

É imutável, transponível!
O que começa também acaba, é a sina! Poderosos não manipulam!
Apaguem as hipóteses contrárias, não se iludam!
A nível espiritual a crença individual define, pesa as probabilidades.
O além é indiscritível e talvez determine a razão por que cada um sobrevive!
É possível imaginar, mas concretamente, a ignorância está no pódio,
no altar da sedução e do ódio.
Uns fazem-se a ela, ela reserva-se a nós!
Há que medir os prós e os contras!
Confronto-a sem dó, o dó que ela apresenta é a ausência do mesmo.
Rouba-nos o maior dom que temos e ainda há muitos que não se aperceberam.
Como queiram! Eu vivo para viver, não vivo por viver!
Independentemente do trajecto os seres vivos estão destinados a morrer!
Quero lá saber de vidas apresentáveis.
As percepções variam, esta é uma oportunidade única que amo, aproveito.
Bem ou mal está ao meu critério!
Só depois de cadáver desvendarei o maior mistério!
Acredito por inteiro na resistência da minha alma.
Biologia rejeita a teoria mas o espírito é que comanda!
Não me assusto com a temática mortal,
a calma e satisfação são um ponto vital para o que penso.
Penso que a matéria fica por Terra e o espírito se eleva para uma realidade
sobrenatural. A injustiça é uma propriedade iminente na vida humana,
excepcionalmente.............
Muita gente morre sem razão para tal,
prefiro morrer feliz do que triste e formal!
A opção é possibilitada, está na essência da humanidade.
Pontos de vista são infinitos, verdades são múltiplas,
estabelecem-se numa proporção em variação de culturas, modos de vida.
Vida que tem a morte como término e uma porta para a saída.
Intelectualizem-se no aquecimento desta partida!

(02/2004)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

...
Suspiro, quando relembro acontecimentos
não penso porque tudo foi como foi.
Suspiro, sou o produto do trabalho do meu desenvolvimento
pelo tempo. O que sou reflecte pelo que passei,
pelo que passei hoje sou o que sou.

Tenho corpo e alma, reconheço-me e até me desconheço.
Pensamentos transcendem o meu ser.
Liberto-me na passagem dos vários tempos
dos vários mundos a que me entrego.
Na imaginação e na realidade apenas tenho
a simples missão de viver.

Minha ontogenia é como uma forma de vida
que se transforma pelo meio, pelo que cria.
Suspiro, com saudades dos momentos eternos,
aqueles que me enchem de alegria
mas nunca são os mesmos.

(06/2005)

Distúrbios Evolutivos

Sente o ruído! Aproxima-se lentamente do teu ouvido, atento! Cada passo na rua é um motivo para o progressivo aumento. Caminho barulhento é o que segues com distorções por momento de contacto humano. O choque de ligação causa falhas pelo meio, tempestades desencadeiam-se! Condensação do ambiente é iminente, encéfalos vagueiam de acordo com sinapses observáveis, presenteadas! O agir revela-se nos actos, não são pensamentos nem palavras! O Homem cega-se naturalmente pelo embaciamento da mente! Não é temporário, é permanente. Ou eu estou com a moca ou a vocês a vida bate diferente! Descobriram, alinharam na rota e agora pensamentos idiotas propagam-se como baratas! Andanças estranhas estimulam-me as entranhas. Chamo o gregório para estas cenas bizarras. Faço campanhas que apelam à consciência da mente humana. Está chapado que já iniciámos o velório, só falta acabá-lo e fazer o trajecto até à cova. Abstinência ao intelecto é isto que provoca, o tempo escasseia e são poucos que fazem força para que haja uma reviravolta. O primeiro passo é compreender a razão para o fazer, depois vem o acto, mas se a maioria não quer que lute quem quiser. Quando vozes de protesto não se ouvem ou são ignoradas, a podridão espalha-se para além das cidades. Massas desnorteadas, guiadas por artifícios aproximam o Homem do abismo que é vítima da sua própria criação. Impressionismo tecnológico trouxe o fascínio pela matéria e com perfeito juízo reflito e comunico que não há maior fascínio que a cooperação com o planeta Terra! Interacção natural entre meio e organismo é um prémio a que cada um tem direito. É um privilégio que se ganha logo à nascença mas com esta cena dos tempos modernos o mundo vivo corre perigo. Matanças impiedosas, erros imperdoáveis, primatas em declínio! Homem ultrapassa as barreiras das necessidades biológicas! Massacres em massa levam à degradação do espaço onde vivemos, acham que o mundo é injusto?!, mas este é o mundo que construímos. Construções destrutivas destroem sementes futuras! Cimento por cima da terra reduz a produtividade necessária! A percentagem de fodas já é um susto, o número de consumidores ultrapassa o produto. Do luxo à miséria há toda uma competição que me afecta a cabeça. Enquanto uns lutam pela riqueza muitos lutam pela sobrevivência! É absurdo! Uns têm tanto, outros tão pouco, dinheiro a artéria da vida e por falar desta cena, Homem é um suicida! Louco, enfiou-se num beco sem saída, pouco a pouco vai tendo uma luz do seu erro, da sua contínua atitude estúpida! Paranóia em progresso, já avisto o fim da história, está a descoberto a autópsia pré-defunto. Está um caos, está um caos este mundo!

Com o tempo aumenta o stress
difundido no desenvolvimento desta espécie.
Ritmos frenéticos baralham cérebros manipulados.
Distúrbios evolutivos são processos de evolução bizarros.

(03/2005)

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Exclúo métodos de pensamentos que uso, encarno no meu próprio ser e esqueço vozes interiores. Adormeço na entoação que as ideias me transmitem, ando de pés descalços neste mundo e enquanto me concentro onde coloco os pés, factores externos atacam-me de surpresa. Propositadamente baixo as defesas e comporto-me como uma pena sob o efeito do vento. Desnorteio-me neste abalo supremo, saliva vem-me à boca mas formas de protesto não expulso, engulo sem consentimento, valores que alimento actuam como chuva sob a poeira, assentam a inconformidade repleta de fundamento. Sou moralmente consciente, inconsciente na inconsciência. De extremo a medíocre, tento viver a vida e o resto que se lixe!
Por momentos...

...Torno-me um fugitivo insubordinado, alheio a ordens, obrigações e até mesmo convenções que eu próprio estipule. Despedaço-me em momentos que brotam não sei donde e dão vida às profundezas mais recônditas, ânsias lúgubres. Vontades perenes que realizo a com a espontaneiadade do modo criativo com que troco o passo a este ritmo sem contexto algum. Dá-me a gana, escrevo e acabou.