segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Mundos Obscuros

Regresso!Do escuro surjo, expulso o conteúdo de pensamentos que me perturbam, em verso, modo oportuno de manifestar o meu protesto sobre o que se passa no M.U. e todo o seu universo. Debaixo do solo obras de arte são criadas mas o produto só é genuíno quando na Terra acções correspondem às palavras. Muitos gajos vivem iludidos em mundos onde sonham ser aplaudidos. Atraídos, influenciados pelos valores modernos que são progressivamente absorvidos pelo subsolo. Afasto-me de climas tóxicos! O movimento está empestado! Logo, como MC reconheço, reajo, actuo como um anticorpo perante um intruso no organismo. Sem rodeios, de lado observo. Movimento é um corpo sólido, fragmentado. Agentes patogénicos andam por todo o lado e proliferam pela andança deste mundo. O mundo era tão belo mas tornou-se obscuro.

Mundos obscuros que imagino, que vivo.
Mundos obscuros em que me martirizo.
Aquilo que eu não aceito, questiono.
Tento ser conciso para comigo mesmo.

Censuro! Ser humano confronta-se entre si numa luta ridícula e ainda para aí muito puto com a mesma filosofia. É crítica a hipótese de mudança, o ponto de viragem está tão perto como imagem de lua nova, com diferenças! É que em 3 dias a lua regressa (putos perdem-se...),mas nem em 3 séculos a Terra voltava a ter esperança de renovação! A destruição foi tão profunda que não hã salvação, a nossa evolução trouxe merda em excesso. Trouxe venenos sem antídotos eficazes e então, sem estar alheio a catástrofes tento aproveitar ao máximo esta oportunidade de viver, de sentir, não quero somente existir. Metafísicas infinitas são utensílios que manobram o intelecto e me levam a interagir de modo como penso. Disperso-me na altura, armazeno energia pura, radiactiva. Matéria que se acumula por dentro e a minha alma respira.

Mundos obscuros que visiono, sinto.
Raciocínios que alimento condicionam-me o equilíbrio.
Constrúo, resolvo quebra-cabeças.
Problematizo a metafísica das coisas.

Problematizo, evolúo, fodo-me mas continuo solto sob um grizo com aroma a luto. Dialogo comigo próprio em confrontos de ideias. Instauro um colóquio sem datas pré-definidas. O acaso pode ter conceitos mas não tem tempos certos! Teorias e fórmulas não solucionam paranóias lúcidas do cérebro. Obtenho respostas, multiplicam-se as dúvidas. Há todo um enredo que me mete possesso e convulso, abrigo-me em aventuras! Luto de corpo e espírito para atingir o que ambiciono, não curto espectáculos sem conteúdo. Faço porque acredito, no fundo, é disso que necessito! Dou tudo por tudo para dar ânimo ao meu ritmo. Tenho mérito, orgulho, pelo progresso que efectuo! Persisto!

Mundos obscuros que imagino, que vivo.
Mundos obscuros em que me martirizo.
Mundos obscuros que respiro
são os mundos obscuros em que me dissipo!

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