segunda-feira, janeiro 26, 2009

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O meu ímpeto é selvagem como animal sou livre nesta eterna viagem com energias em contacto. Adapto-me em terrenos do brain, mar e mato, montanha e deserto. Tenho o meu instinto e as minhas capacidades, deleito-me neste eterno processo simbiótico entre o Indivíduo e o Universo. Por experiência vem o conhecimento próprio, na ignorância e na incompreensão permanece o mistério. As minhas faculdades são um código genético em permanente processo de desenvolvimento. Mente não cede esforços, faz exercício de alta competição. Perguntas, dúvidas e respostas dão-me movimento, movo-me com o pensamento por isso eu escolho a direcção.

Concentro-me enquanto duro com consciência enquanto vivo.
Neste mundo absolvo-me tranquilo. Não penso muito no futuro,
difundo-me!

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Pronto para a vida como um indivíduo fora do seu grupo. Conto comigo, paciente à espera dos frutos do meu esforço. Dou-me ao luxo de ser criativo, se não tenho paz, faço aquilo que posso para me sentir bem neste mundo. Quem está mal que se mude! Em actos de inspiração distancio-me do corpo, vagueio com o espírito! Salto barreiras do tempo, passo barreiras do espaço, com companheiros em sintonia ultrapasso o Universo!
Mastigo depois engulo, momentos únicos ainda saboreio. Muita merda cuspo, aquela que absorvo dá-me preparação para o trajecto, para percursos em que pré-medito, medito e sou espontâneo, ajo de acordo com o que acredito, valorizo, e só assim me mantenho tranquilo, desespero, mas tenho fé em mim, creio que consigo dar a volta por cima de, basta reflectir, acreditar que, o sonho é possível e só de cabeça erguida vou manter-me firme.
Histórias, factos verídicos que pertencem a formas de vida. Indivíduos que se expressam deixam o seu rasto mas muito ser humano distorce a realidade dos factos. Falcatrua, corrupção, espíritos diabólicos à margem do que se observa. Sociedades à beira da loucura não reagem, bóiam e as merdas pioram com a evolução! Anda tudo à cabra cega, jogam com a ilusão, dinheiro e imagem são famosos pela sua facilidade de obsessão! Muita gente quer o estatuto mas tá-se a cagar pó mérito, seguem a via do fútil à procura de respeito. Doença moderna o tédio do supérfluo! Tal condição condiciona o intelecto, sem estímulo nem actividade leva seres a passear nas ruas da mediocridade lado a lado com o esteriótipo e o preconceito. É o desespero em massa no percurso do mais fácil: o comum! Tudo em busca do triunfo sem ir a lado algum! Bom senso em jejum! Moral aos trambolhões! Todos contra todos! Não se fode um indivíduo, fodem-se multidões! (Pum!Pum!Catrapum!) Até quem está alheio ao confronto está sujeito! (Ohm!) A insanidade entrou em meditação! Expressa-se com manifesto! Fama e poder enchem o cérebro que fica cego e traz exaustão. Depois vem o tédio. Um desconsolo angustiante! Cada dia é um dia mas muitas vidas são iguais! O mundo está decadente, é tudo uma questão de capitais! Reinar o sonho que o Homem tinha (tem) mas o rumo é (foi) infortúnio! Ambições esvaem-se em venenos mortais! Há tantas e tantas merdas que escrituras nunca vão ser demais.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

O meu agasalho

Às vezes existe um frio que me rodeia e a maneira que eu encontro para o meu conforto está no agasalho que suporto. Para tràs está todo um estudo para o estado em que me encontro, todo um acaso em que sempre me debruço. O caminho que percorri é de onde sou oriundo, o caminho que percorro tràs mais que sempre sentimento profundo.
Por tudo o que ficou o que fica não estranho. A luta foi longa, cicatrizes ficaram e o que fica é do meu agrado. Já passou, estou como anseava mas agora é outra história! Sinto-me vivo como esquisito, a memória invade-me mas é com o pensamento que me mexo. Bem devagarinho, aqueço-me na mente sou denso, abrigo-me em paisagens que me distanciam do tempo. É para o momento que vivo, com um pé atràs e outro em falso, atento continuo para não sair distorçado! Para caminhadas calço emoção, visto sensação, sinto com o coração mais ainda pelo limite da imaginação. Vai de infinito a infinito, já é outra dimensão! Compartilho grandes tardadas, grandes noitadas que se prolongam pelas madrugadas. É com amigos, parceiros, companheiros que os dias tomam significativamente a magia das palavras.
São dias maleiros, dias em cheio, cenas plenas por inteiro!
Poetizando guardo imagens do meu meio, do meu passeio pela vida. Um papel e uma caneta até como agasalho funciona.
A vida é linda, nós só a empatamos, se aprendermos a fluir,outra percepção alcançaremos! Apenas temos de reflectir no que fazemos!
Basta de andar à toa!

Esteja à toa, na boa, preservo o cenário!
É na matéria do enredo que eu formo a agasalho!
A magia da emoção ecoa no cérebro.
Moldo con sentimentos o agasalho que tenho.

Quero, faço, não temo, o agasalho sustento!
Música e substâncias são outras cenas a que me entrego!
Mantenho-me conecto com o que anseio,
passo a passo progrido experienciando.
Leio, desenho, contento-me com simplicidade,
desportista nato, observo com veracidade!
Humilde presenteio a hipocrisia da sociedade!
Com naturalismo vagueio fazendo da natureza uma irmandade. Desencadeio liberdade psíquica, toco nos extremos, explosão química! Arritmia escrita, lírica construtiva, concentração psicoactiva, produção comprometida pelo guia e naquilo em que acredita. Dependência mútua! A minha opinião é facultativa!
Mente culta, ignorante luta, abrupta conhecimento variado, as formas que toma metem-me espantado! Tudo tem um todo e como identidade o seu significado. Fantástico o que nos foi oferecido, estou no início de um trajecto criativo, projecto recreativo que alimenta um sentido lúcido para o meu existencialismo. Traduz ambição, traduziu catastrofismo, as minhas formas de expressão traduzem evolucionismo e muito mato pelo caminho a percorrer. A vida é curta e tem tanto para oferecer! Estático, faço longas distâncias com instrumentos necessários para próprio bem. Usufruo daquilo a que tenho direito, se por acaso afecto alguém, arranjo um jeito de tar-se bem! Não gosto de prejudicar com quem tá-se bem! E tá-se bem, porque não tenho inveja!
Encontro o meu agasalho onde quer que esteja!

Esteja à toa, na boa, preservo o cenário!
É na matéria do enredo que eu formo o agasalho!
A magia da emoção ecoa no cérebro.
Moldo com sentimentos o agasalho que tenho.

(07/2004)
Quando sou massacrado por incapacidade de desabafo,
isto é, sou condenado ao silêncio,
sinto-me como se fosse enterrado vivo dentro de um caixão.
Fico incómodo, sou alvo de tortura
e esta merda ainda piora quando sou eu que a executa.
Não sei se tenho ou não tenho culpa!
e no permanente desassossego vou vivendo na angústia,
na amargura que me trazem as reflexões profundas.
No plano da consciência endoideço, chego a pontos de loucura, mantenho-me longe da demência mas perto de quem a pratica.
Com dementes sociais não convivo, socializo!
Faço parte de uma sociedade mas valores?! sou eu que os dou à minha vida.
Não há cá rótulos, nem conceitos estúpidos,
educo-me além do que me educaram, acredito no que penso mas também sei dar ouvidos!
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(2005)

sexta-feira, janeiro 09, 2009

O Universo é um local coberto de mistério! As suas partes partilham essa característica do seu código genético.
Mistério não tem limites e gera incógnitas, a sua beldade forma um conjunto de perguntas rectóricas.
Vagueio em imaginações categóricas! Pela expansão do conhecimento vou encontrando respostas! Aceito teorias, relaciono-as com as minhas. A subjectividade vem ao de cima, são tudo cenas fodidas! Adoro lutar contra a ignorância e pelo carreiro ganho resistência, saberes que consolidam a base da minha existência!, o sentido que transporto! E esse, está sob influência do consenso a que chega o colóquio efectuado no meu crâneo. Coloco disponibilidade 24horas por dia no cérebro para debates espontâneos que coordeno com pensamentos equilibrados! A meta não se avista no horizonte, permaneço calmo, continuo a caminhada num terreno árido.
Introspecção é o meio de subsistência que encontro e por momentos perco a noção do real. Apenas fico entregue ao meu mundo espiritual! Sou náutico, sou terrestre, sou aéreo, sou agreste no interior tempestuoso. A vida é esplandescente mas ainda me sabe a pouco! Viver é exercer! Viver é sentir, é ter um conjunto de reacções! Viver é ter boas e más decisões! É andar à deriva em busca de objectivos e quem os perde fica à nora e com motivos! Uma vida é um conjunto de passos dados a favor da evolução, excepção à regra quando à falta de compreensão, noção do sentido da sua acção. No fim desta vida para se sair vitorioso é preciso olhar para tràs e sentir gozo, orgulho, por tudo o que foi realizado! Sou novo mas já fui condecorado pelo significado que absorvo, no mínimo absurdo! Percorro picos e vales e por vezes a razão da intuição é como vales de desconto!
Finalizo combates quando o interior está no ponto!
No ponto!
Quando estou pronto.

(2004)

Independentemente do trajecto...

É imutável, transponível!
O que começa também acaba, é a sina! Poderosos não manipulam!
Apaguem as hipóteses contrárias, não se iludam!
A nível espiritual a crença individual define, pesa as probabilidades.
O além é indiscritível e talvez determine a razão por que cada um sobrevive!
É possível imaginar, mas concretamente, a ignorância está no pódio,
no altar da sedução e do ódio.
Uns fazem-se a ela, ela reserva-se a nós!
Há que medir os prós e os contras!
Confronto-a sem dó, o dó que ela apresenta é a ausência do mesmo.
Rouba-nos o maior dom que temos e ainda há muitos que não se aperceberam.
Como queiram! Eu vivo para viver, não vivo por viver!
Independentemente do trajecto os seres vivos estão destinados a morrer!
Quero lá saber de vidas apresentáveis.
As percepções variam, esta é uma oportunidade única que amo, aproveito.
Bem ou mal está ao meu critério!
Só depois de cadáver desvendarei o maior mistério!
Acredito por inteiro na resistência da minha alma.
Biologia rejeita a teoria mas o espírito é que comanda!
Não me assusto com a temática mortal,
a calma e satisfação são um ponto vital para o que penso.
Penso que a matéria fica por Terra e o espírito se eleva para uma realidade
sobrenatural. A injustiça é uma propriedade iminente na vida humana,
excepcionalmente.............
Muita gente morre sem razão para tal,
prefiro morrer feliz do que triste e formal!
A opção é possibilitada, está na essência da humanidade.
Pontos de vista são infinitos, verdades são múltiplas,
estabelecem-se numa proporção em variação de culturas, modos de vida.
Vida que tem a morte como término e uma porta para a saída.
Intelectualizem-se no aquecimento desta partida!

(02/2004)

quinta-feira, janeiro 08, 2009

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Suspiro, quando relembro acontecimentos
não penso porque tudo foi como foi.
Suspiro, sou o produto do trabalho do meu desenvolvimento
pelo tempo. O que sou reflecte pelo que passei,
pelo que passei hoje sou o que sou.

Tenho corpo e alma, reconheço-me e até me desconheço.
Pensamentos transcendem o meu ser.
Liberto-me na passagem dos vários tempos
dos vários mundos a que me entrego.
Na imaginação e na realidade apenas tenho
a simples missão de viver.

Minha ontogenia é como uma forma de vida
que se transforma pelo meio, pelo que cria.
Suspiro, com saudades dos momentos eternos,
aqueles que me enchem de alegria
mas nunca são os mesmos.

(06/2005)

Distúrbios Evolutivos

Sente o ruído! Aproxima-se lentamente do teu ouvido, atento! Cada passo na rua é um motivo para o progressivo aumento. Caminho barulhento é o que segues com distorções por momento de contacto humano. O choque de ligação causa falhas pelo meio, tempestades desencadeiam-se! Condensação do ambiente é iminente, encéfalos vagueiam de acordo com sinapses observáveis, presenteadas! O agir revela-se nos actos, não são pensamentos nem palavras! O Homem cega-se naturalmente pelo embaciamento da mente! Não é temporário, é permanente. Ou eu estou com a moca ou a vocês a vida bate diferente! Descobriram, alinharam na rota e agora pensamentos idiotas propagam-se como baratas! Andanças estranhas estimulam-me as entranhas. Chamo o gregório para estas cenas bizarras. Faço campanhas que apelam à consciência da mente humana. Está chapado que já iniciámos o velório, só falta acabá-lo e fazer o trajecto até à cova. Abstinência ao intelecto é isto que provoca, o tempo escasseia e são poucos que fazem força para que haja uma reviravolta. O primeiro passo é compreender a razão para o fazer, depois vem o acto, mas se a maioria não quer que lute quem quiser. Quando vozes de protesto não se ouvem ou são ignoradas, a podridão espalha-se para além das cidades. Massas desnorteadas, guiadas por artifícios aproximam o Homem do abismo que é vítima da sua própria criação. Impressionismo tecnológico trouxe o fascínio pela matéria e com perfeito juízo reflito e comunico que não há maior fascínio que a cooperação com o planeta Terra! Interacção natural entre meio e organismo é um prémio a que cada um tem direito. É um privilégio que se ganha logo à nascença mas com esta cena dos tempos modernos o mundo vivo corre perigo. Matanças impiedosas, erros imperdoáveis, primatas em declínio! Homem ultrapassa as barreiras das necessidades biológicas! Massacres em massa levam à degradação do espaço onde vivemos, acham que o mundo é injusto?!, mas este é o mundo que construímos. Construções destrutivas destroem sementes futuras! Cimento por cima da terra reduz a produtividade necessária! A percentagem de fodas já é um susto, o número de consumidores ultrapassa o produto. Do luxo à miséria há toda uma competição que me afecta a cabeça. Enquanto uns lutam pela riqueza muitos lutam pela sobrevivência! É absurdo! Uns têm tanto, outros tão pouco, dinheiro a artéria da vida e por falar desta cena, Homem é um suicida! Louco, enfiou-se num beco sem saída, pouco a pouco vai tendo uma luz do seu erro, da sua contínua atitude estúpida! Paranóia em progresso, já avisto o fim da história, está a descoberto a autópsia pré-defunto. Está um caos, está um caos este mundo!

Com o tempo aumenta o stress
difundido no desenvolvimento desta espécie.
Ritmos frenéticos baralham cérebros manipulados.
Distúrbios evolutivos são processos de evolução bizarros.

(03/2005)

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Exclúo métodos de pensamentos que uso, encarno no meu próprio ser e esqueço vozes interiores. Adormeço na entoação que as ideias me transmitem, ando de pés descalços neste mundo e enquanto me concentro onde coloco os pés, factores externos atacam-me de surpresa. Propositadamente baixo as defesas e comporto-me como uma pena sob o efeito do vento. Desnorteio-me neste abalo supremo, saliva vem-me à boca mas formas de protesto não expulso, engulo sem consentimento, valores que alimento actuam como chuva sob a poeira, assentam a inconformidade repleta de fundamento. Sou moralmente consciente, inconsciente na inconsciência. De extremo a medíocre, tento viver a vida e o resto que se lixe!
Por momentos...

...Torno-me um fugitivo insubordinado, alheio a ordens, obrigações e até mesmo convenções que eu próprio estipule. Despedaço-me em momentos que brotam não sei donde e dão vida às profundezas mais recônditas, ânsias lúgubres. Vontades perenes que realizo a com a espontaneiadade do modo criativo com que troco o passo a este ritmo sem contexto algum. Dá-me a gana, escrevo e acabou.