terça-feira, julho 21, 2009

Actos <---> Estímulos

Do avesso tudo é mais intenso porque fujo à superficialidade do pensamento. São dois mundos encaixados, o mudo no macabro, o macabro no mudo, é na minha solidão que sofro. A dor é um casulo que transporto, por dentro sou como um animal solto num prado. Salto mas não escapo, estou cercado por dúvidas que me mutilam como arame farpado em terrenos alheios. Basta um simples sinal para os sentidos ficarem abertos para pretextos impostos no movimento. O meu vagueio vai desde os ossos à forma em que me condenso. Abri um buraco no crânio, formei um terraço que favorece o meu desempenho no meio dum mundo que corre contra o tempo. Parece que a evolução traz mais sofrimento!
["Veio a civilização e ela modificou o formato com o tempo!Surgem catástrofes e o pânico é pleno, momentâneo!Mas com o veneno que ela trouxe já não sofre só o ser humano!"]
E isto eu sublinho porque condeno quem não respeita o próximo. Mesmo que não seja ouvido tenho a necessidade de expulsar o ódio, o amor, sentimentos que em elevado teor se tornam tóxicos para o meu interior. Por isso e não só, escrevo, viajo na minha percepção como um cego quando ingere alucinogénicos. Dou de frosques mas mantenho-me preso no que me envolve. Quando a alma é livre, ela nada ao corpo deve!

Há maravilhas escondidas pela atitude que o Homem exerce!
Se a humanidade é uma causa, ainda mais se remete
o meu ser a tal submissão. Tumor cresce, espírito esvanece,
só com acção-percepcional a alma renasce.
Sou maioritariamente responsável pelo sofrimento
que me abate(mas cala-te!).Porque a cinza que me preenche
dá-me motivação para o ingresso no combate.

Surge a vontade, a motivação para o escape à auto-destruição. Flashes de contento passam para a linha da frente, desenvolvo a minha capacidade criativa. Maquinaria produtiva promove fórmulas mágicas para toda a vida! Experiências individuais levam-me a outro tipo de crença, além da religião! O produto que se cria vem do intelecto, do trabalho da imaginação. Posso vaguear do real ao eu real, mas o ponto chave está na compreensão que se tira de tal exercício mental. No imaginário constrúo sonhos e pesadelos (sim sonho!), mas não entro no sono quando estou acordado. Menos mal! O adormecimento é um reflexo da atitude mundial que se arrasta para além de um momento!
["Um dia alguém nos dará os pêsames e muitos ficam sem saber o que perdemos. Mundo vivo, mundo natural, é um mundo que antes de nós já possuía alta tecnologia. Depois o Homem colocou-se no topo da cadeia alimentar e pior, é que para além das necessidades obteve o vício de matar."]Trignometria lírica acarreta críticas analíticas perante o holocausto dos nossos dias! Se me dá o desejo do retrato visiono o objecto ao pormenor, quando a partir daí me expresso, permaneço no concreto do interior e do meu redor. Virado ao contrário sou como um tumor! Basta um sector para danificar o transmissor! As transmissões que recebo são responsáveis pelo liso e pelos vincos que ficam no avesso. Por mais que me esforce para compreender, há coisas que não percebo! Fujo a facadas cerebrais procurando um meio como aconchego!

Há maravilhas escondidas pela atitude que o Homem exerce!
Se a humanidade é uma causa, ainda mais se remete
o meu ser a tal submissão. Tumor cresce, espírito esvanece,
só com acção-percepcional a alma renasce.
Sou maioritariamente responsável pelo sofrimento
que me abate(mas cala-te!).Porque a cinza que me preenche
dá-me motivação para o ingresso no combate.


08/03/2005

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