quinta-feira, julho 30, 2009

Tantas merdas que se passaram, tanta merda que se passa e me ultrapassa. Penso nas merdas e causa mossa mas pouco me importa. Com pensamentos combato! Penso enquanto existo, passo as fronteiras do globo. Penso no que sinto, sinto enquanto penso, penso quando escrevo mesmo sem fôlego empenho-me no desempenho que vem das profundezas do meu íntimo.

2005
Mais um dia cinzento e eu aqui (sentado), impávido e sereno no meu quarto à janela a sentir o momento.
Calmo, a paisagem já é um símbolo do estado em que me encontro. Tem história! Marcas que evidenciam a minha passagem pelos campos em que me renovo. Cérebro, a planície o deserto em que percorro infinitos trajectos em busca do equilíbrio interior. Montanhas escalo, se picos alcanço me desenvolvo e continuo sempre o mesmo gajo de espírito aberto, humilde, com respeito pelo que merece com respeito por mim mesmo. Pensamento, a água que eu bebo, a água que me dá sede porque a infinidade do conhecimento a isso o compromete. Às vezes com intenção, outras sem razão mas sempre à procura de uma explicação e com noção do que faço, com tacto, mas permanece o enleio. PROSSIGO! Bebo, bebo, se pensamentos tivessem álcool andava todos os dias embriagado! Passo a passo mais angustiado! Apático, desorientado, sem mapa nem território, viajante solitário, guio-me por mim próprio. Caminho mentalmente preparado, tépido, no caminho do incerto! Acaso, aquilo a que me uno, não sou o responsável mas dou o meu contributo.

2005

terça-feira, julho 28, 2009

...
Esvaio-me no andamento do relógio,
procuro conforto enquanto caio no sufoco,
neste ar irrespirável nefasto que corrói, um bom modo
de estar, de estar tranquilo!
Gosto de respirar ar puro & ser tóxico-pensativo!...
Em busca do progresso não cesso, mantenho-me com atitude, debruço-me com o intelecto. Espero que mude, desapareça o acto-reflexo de pessimismo que me afunda. Uso capacidades técnico-tácticas para me libertar do desassossego que já me enjoa. Vivo liso com dotes múltiplos que utilizo sem critérios mas dão-me contributos infinitos, indifeníveis até mesmo inexplicáveis! Sentimentos em bruto não se expressam por palavras! Noites memoráveis, momentos eternos, acontecimentos que abraço na totalidade do meu ser! Quero sentir de forma intensa a vida no seu esplendor. Companheiros e natureza são o que há de melhor!

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É sistemático! Deparo-me com pensamentos nostálgicos, intensos de tempos passados. Cinzas da minha existência tornaram férteis locais inóspitos. Mundos em que viajo à espera de tudo e à espera de nada, indiferente, simplesmente. Consciente! Ermita. Habito pensamentos intemporais, medonhos, misteriosos, sento-me cara-a-cara com o lado negro da mente. Olhos nos olhos, defronto experiências esquecidas. Sonhos profundos ou perspectivas alimentadas.

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Hoje em dia já não há tormentos de outros tempos. Os tempos são outros mas os valores são os mesmos, mais intensos, confusos pelas atitudes de broncos que não pensam. Movem-se porque os outros se movem, param porque os param, não se guiam pelo próprio pensamento. Andam sempre à procura de destaque, quando o cenário é a rua...
...
...
Eu não me contento com felicidades ilusórias, temporárias, as minhas ambições passam por outros campos de batalha. Combates interiores trazem mágoa e angústia, nunca fiz mal a ninguém mas sinto-me um ..... .. .... , de vez em quando. Fodo-me!, se me fodo aleijo os que me amam, então!, que se foda a introspecção e assim dou dedicação aos que me rodeiam. Já aprendi muito nesta vida sofrida, fodida, magnífica mas isso já noutra perspectiva. A minha retrospectiva faz com que viva dia-a-dia e segundo-a-segundo sinta. E tudo, porque esta oportunidade é única!


.....à uns anitos

quinta-feira, julho 23, 2009

...na quarteira....!!!

Sinto uma sensação de enorme conforto! Spot prodigioso que me leva à introspecção no seu estado mais puro. Sem conflitos nem tormentos, sem gritos nem lamentos, apuro os sentidos, capto mantimentos. Ganhos energias positivas para próximos confrontos. Sem ritmos, nem rotinas cansativas fecundo o espírito para momentos de alegria. Zigoto é límpido, difundo-me no plasma sanguíneo. Coração bombeia com impulsos lentos e a minha satisfação já passa de uma fantasia. Tranquilo, pensamentos assediam-me mas neste estado o máximo que me pode acontecer é rir-me..... =)
Sinto-me livre como mar no horizonte, sei que é momentâneo mas gosto da proposta. Segundo-a-mente sofro com o impacto das ondas que rebentam na costa e me tornam mais maduro, obscuro, lúcido, cosmopolita fortuito no devaneio e no raciocínio sem sentido pré-definido. Sou intuitivo, não sou doido, tenho os momentos de loucura mas não me considero louco. Crises existenciais têm a sua essência (pura!?), mantêm-me mais forte enquanto experiencio na minha existência. Passo momentos pesados, levo com momentos belos, macabros, proporciono momentos eternos que transporto na memória.

De acordo com a vida com o rumo que ela leva.
Prossigo o meu caminho sem estar à espera
de uma oferta. Semeio, faço a colheita!
Sou universotrófico, à alma abro a janela!


Momentos inóspitos apresentam obstáculos que ultrapasso a passo e contrapasso num compasso incerto que pauto com ritmo intenso, frenético, pareço estar calmo mas o massacre é por dentro! Sofro com ataques silenciosos em campos de guerra que nem os meus olhos vêem! Há coisas de que os sentidos não se apercebem. E é nesse mundo que as minhas capacidades mais se desenvolvem......................


2005

Nem Sei Bem.....

Inesperadamente sou assaltado pelo meu inconsciente, consciente de que há uma razão para este estado deprimente. Deprimente mesmo! Algo forte dissipou a minha mente e enquanto olho, o que olho para dentro tem mais percentagem no meu cérebro. É lastimável os pontos a que chego! Desassossego é um pesadelo contínuo, é tudo mais que um desatino, o que sinto é corrosivo, o aconchego que encontro não me satisfaz porque já avisto o abismo! Fodidíssimo! Sinto-me péssimo mas nem sei bem o por quê, sinto cansaço estando estático, pasmo, adormeço numa cadeia de pensamentos que me distanciam do espaço em que me encontro, não tenho controlo neste trabalho árduo que me causa sono, desloco-me mas o alívio não tem retorno, quero sair deste mundo em que me sufoco, parece coisa de doidos, falo comigo próprio (endoideço) mas respostas eu não encontro! Cito frases e frases, tou de luto, faltam-me ideias perspicazes que me livrem desta exaustão, fumo cigarros atrás de cigarros mas será o charro a solução?
Estou certo que não, é um sedativo que difunde a confusão num tempo restrito. Circuitos de fumo envolvem-me os pensamentos e assim medito com um alívio passageiro. Mesmo que só seja por uns tempos, esses tempos já dão um jeito!

Nem sei bem por que me sinto assim!
Indisposição mentalmente física, enfim,
cãimbras no intelecto dão cabo de mim.
Pensamentos viciados impingem sofrimento.
Em escala negativa após o fim, recomeço no infinito!

Pensamentos como um 8 deitado nos dois sentidos, são causas bipolares que mexem comigo. No intermédio ressuscito, regresso à realidade, há angústias que agem como sombras quando foco o interior sombrio, refúgio de alta tensão. Fico à parte do enredo, escrituras desenvolvo em longas horas de introspecção. Dá-se o início à contagem decrescente, anuncia-se ERUPÇÃO NEURÓTICA!
Explosões psicológicas, auges de emoções que ficam na memória, sensações fantásticas, sensações caóticas, fusões maquiabólicas que às vezes se tornam drásticas. Nóias galácticas, nóias universais, perguntas rectóricas que varrem a tranquilidade como enormes vendavais. Ciclones agudos como otites sucessivas imanam dores insuportáveis em sessões contínuas de massacres profundos.
Profundezas virgens são exploradas por recursos que se adquirem, os produtos que se atingem são resultado de múltiplas viagens que até me fazem chegar a pontos de vertigem. Integrado no espaço mental como um deserto à beira-mar, mantenho-me perto de origens primordiais. Da ausência à abundância, da intriga ao fascínio, averiguo os vários ambientes e tento ser produtivo. Pensativo, situo-me como florestas em precipícios. Salto, brinco, corro, caminho na margem do perigo. Mergulho nas profundezas procurando as raízes! Com autognose me exercito ao longo dos dias da minha vida mas há dias em que acordo mentalmente massacrado sem saber bem o por quê desse estado.

Nem sei bem por que me sinto assim!
Indisposição mentalmente física, enfim,
cãimbras no intelecto dão cabo de mim.
Pensamentos viciados impingem sofrimento.
Em escala negativa após o fim, recomeço no infinito!


2005

terça-feira, julho 21, 2009

Actos <---> Estímulos

Do avesso tudo é mais intenso porque fujo à superficialidade do pensamento. São dois mundos encaixados, o mudo no macabro, o macabro no mudo, é na minha solidão que sofro. A dor é um casulo que transporto, por dentro sou como um animal solto num prado. Salto mas não escapo, estou cercado por dúvidas que me mutilam como arame farpado em terrenos alheios. Basta um simples sinal para os sentidos ficarem abertos para pretextos impostos no movimento. O meu vagueio vai desde os ossos à forma em que me condenso. Abri um buraco no crânio, formei um terraço que favorece o meu desempenho no meio dum mundo que corre contra o tempo. Parece que a evolução traz mais sofrimento!
["Veio a civilização e ela modificou o formato com o tempo!Surgem catástrofes e o pânico é pleno, momentâneo!Mas com o veneno que ela trouxe já não sofre só o ser humano!"]
E isto eu sublinho porque condeno quem não respeita o próximo. Mesmo que não seja ouvido tenho a necessidade de expulsar o ódio, o amor, sentimentos que em elevado teor se tornam tóxicos para o meu interior. Por isso e não só, escrevo, viajo na minha percepção como um cego quando ingere alucinogénicos. Dou de frosques mas mantenho-me preso no que me envolve. Quando a alma é livre, ela nada ao corpo deve!

Há maravilhas escondidas pela atitude que o Homem exerce!
Se a humanidade é uma causa, ainda mais se remete
o meu ser a tal submissão. Tumor cresce, espírito esvanece,
só com acção-percepcional a alma renasce.
Sou maioritariamente responsável pelo sofrimento
que me abate(mas cala-te!).Porque a cinza que me preenche
dá-me motivação para o ingresso no combate.

Surge a vontade, a motivação para o escape à auto-destruição. Flashes de contento passam para a linha da frente, desenvolvo a minha capacidade criativa. Maquinaria produtiva promove fórmulas mágicas para toda a vida! Experiências individuais levam-me a outro tipo de crença, além da religião! O produto que se cria vem do intelecto, do trabalho da imaginação. Posso vaguear do real ao eu real, mas o ponto chave está na compreensão que se tira de tal exercício mental. No imaginário constrúo sonhos e pesadelos (sim sonho!), mas não entro no sono quando estou acordado. Menos mal! O adormecimento é um reflexo da atitude mundial que se arrasta para além de um momento!
["Um dia alguém nos dará os pêsames e muitos ficam sem saber o que perdemos. Mundo vivo, mundo natural, é um mundo que antes de nós já possuía alta tecnologia. Depois o Homem colocou-se no topo da cadeia alimentar e pior, é que para além das necessidades obteve o vício de matar."]Trignometria lírica acarreta críticas analíticas perante o holocausto dos nossos dias! Se me dá o desejo do retrato visiono o objecto ao pormenor, quando a partir daí me expresso, permaneço no concreto do interior e do meu redor. Virado ao contrário sou como um tumor! Basta um sector para danificar o transmissor! As transmissões que recebo são responsáveis pelo liso e pelos vincos que ficam no avesso. Por mais que me esforce para compreender, há coisas que não percebo! Fujo a facadas cerebrais procurando um meio como aconchego!

Há maravilhas escondidas pela atitude que o Homem exerce!
Se a humanidade é uma causa, ainda mais se remete
o meu ser a tal submissão. Tumor cresce, espírito esvanece,
só com acção-percepcional a alma renasce.
Sou maioritariamente responsável pelo sofrimento
que me abate(mas cala-te!).Porque a cinza que me preenche
dá-me motivação para o ingresso no combate.


08/03/2005

quarta-feira, julho 15, 2009

Olhar para uma folha branca e ter vontade de a preencher.
Escrever mas com vontade de escrever diferente do costume.
Só que passadas poucas linhas caio novamente no mesmo instinto. Constrúo rimas em cadência bruta, o tempo que as demoro a escrever é como do pensamento à caneta. Entro num ciclo a que não consigo pôr ruptura, pensamentos fazem sprints, com palavras faço flicks, vou aumentando a dureza do exercício, começo a andar à nora. Sigo, sigo, sigo, não viro nem paro e num ritmo desconcentrado rimo ao acaso. Que cena do caralho, do imprevisto surge o belo, o espanto e o magnífico, recomeço a ficar marado mas hoje mudo logo de assunto. Não tenho tempo para perder, mas ele não se perde nem se ganha, passa-se. Assim, acompanho o tempo, tento ser impulsivo, estimulo a criatividade, tento ver o que sai. Escrevo sem emendas nem compreensões. Ideias saem-me da mente, tenho ideias em convulsões e logo trato de as pôr à experiência. Se merda é o que sai, olha, paciência!

2006
...
Tantos pensamentos, pensamentos que não compreendo e é na compreensão do que não entendo onde reside a incompreensão. Horas após horas à mercê de uma ânsia que me come por dentro, a única solução a que às vezes me rendo é à distância do pensamento. Tudo isto se torna inútil quando o pensar faz parte do meu ser. Eu não penso que penso, apenas penso com a certeza que o pensamento é a causa geral do meu sofrimento. Sentir é sofrer! Ignorar é viver! Não acredito mas digo-o porque sinto e sofro, luto para com o desconhecido; quem ignora isto anda sempre com um sorriso.....
Conclúo no meio disto tudo que sou um vagabundo na razão de um futuro!

2005