terça-feira, março 31, 2009

Vagueio no meu mundo, absorto no que penso, a decadência do meio em que vivo condiciona-me o pensamento. Morto-vivo deambulo, ganho experiência de vida mas a evolução deste povo dá-me tendências de suicida, suicídio. O meu livre arbítrio leva-me a procurar abrigo neste holocausto colectivo. Miséria, desgraça por todo o lado, a culpa não é de um indivíduo, é de todo o esquema que está montado por detrás deste sistema nefasto para o globo, para a nossa espécie. Filha da puta do processo que permanece, causa stress, anda tudo com a pressa em busca de merdas sem interesse. Vivemos num mundo caótico, o Homem já não usa relógio, usa cronómetro. Entrámos de cabeça no século XXI (eheheh!!!), Bin Laden, choque no cérebro (BUM!). Bombardeamentos no planeta, bombardeamentos na consciência. Seres desumanos praticam crimes violentos, a realidade é uma doença! Moral face a enormes atropelos. Contruímos um mundo diabólico, ética em declínio! Frenético ritmo que destrói mentes, enfurece. Causa dementes, enlouquece, PESSOAS, ignorantes, seres deambulantes que passeiam por caminhos degradantes. Cria apatia, a indiferença que contagia. Materialismo o que rege o dia-a-dia. É para todo o gosto, vícios crescem de forma estúpida! É ridícula a evolução.
Sociedades construídas, cidades levantadas, invasão foi maciça, sonhos perpetuados (psicadélicas viagens!!!) ficaram de pantanas logo de seguida. Debandada da consciência! Consumismo a praga que fomenta este ciclo eterno. Anda tudo à volta do mesmo. Dinheiro a artéria da vida, é ele que comanda esta merda. Por isso, não há preces que me dêem esperanças. É exponencial o crescimento da destruição. Com o mundo às avessas não me espanto! A loucura é o alimento que se serve ao cidadão. Televisão a preto e branco ficou a cores, a nossa evolução está negra, não espero dias melhores!

...divago matinal...

Ao vento da manhã, da madrugada que se estende pelo amanhecer, chego a casa, vou à janela do meu quarto e sob tal vento dá-me a vontade de vir escrever. Não sei sobre quê mas é esse o motivo que me faz começar a encadear ideias em palavras, fluir no espírito e entrar no ritmo da alma com ou sem pensamentos, do mundo sensível ao inteligível, disperso-me em sensações que mantenho. Nesta luta diária com a vida que se queima como incenso e dá-me aromas para novas perspectivas, pontos de vista com que me guio neste caminho que sigo à deriva, gasto saliva enquanto falo para dentro e tudo se apaga de seguida, escrevo livros no cérebro mas é na folha que os meus delírios ganham forma. Deliro com metáforas, o sol nasce e eu fecho-me em rimas inesperadas, a luz expande-se e eu transformo-me em viagens concentradas no meu mundo interno. Pertenço a um meio mas por dentro vagueio, sou livre no significado pleno do termo. Não há leis nem mentes que defrontem os meus pensamentos! Sou livre enquanto penso, manifesto-me lealmente perante o meu cérebro, quebro o ritmo, pauso uma beca neste ritmo frenético do ondular da caneta, rimo faço versos preparo-me para a pirueta, a jincana que esta inspiração comanda, mudo o cenário porque é hora de desbunda.
Que se foda a macumba e toda a magia negra, o cérebro manipula o comportamento mas o ser humano adora jogar à cabra cega. Superstições e crenças desencaminham vidas num leque de falsas esperanças, iludidas sem total consciência. Ambas têm uma razão dentro de si mesmas mas quando pessoas andam às escuras mais facilmente tropeçam. Que se fodam os sentidos apurados, a intuição é ínfima em comparação com a coerência, realidade dos factos, deparo-me com vontades aliciantes, escrever é mais que um vício já não é como era dantes.

quinta-feira, março 26, 2009

A consciência que tenho da vida, leva-me cada vez mais a actos espontâneos. Habituei-me aos contratempos, tantos planos destroçados, objectivos caídos por terra. Momentos de puro prazer transmitem-me energia para quando estou na merda ter forças de reserva. Trabalho o espírito em momentos de monotonia, tento fugir a rotinas porque é isso que fode um gajo! Todo o dia a mesma cena, o ciclo que se gera causa angústia, assim, ajo contra.
Não me conformo com muitos dias entediantes, felizmente tenho abrigos que me libertam destes tempos decorrentes.
Na sombra, no escuro eu me refugio, a realidade quotidiana ofusca-me a percepção do que é viver a vida.
É crítico e doentio a forma que o desenvolvimento assumiu, INDÚSTRIA, CONSUMISMO, hoje em dia vidas são como fósforos, ACENDEM......e ARDEU!!!
Relógio biológico é acelerado por este ritmo frenético STRESS! deste mundo caótico TRANSE! As massas todas na mesma viagem atropelam-se na busca do triunfo. Daí vem a inveja a ganância e isso tudo, todos os adjectivos negativos que retratam a mente, o pensamento do indivíduo.
O futuro é deprimente, o percurso duro e longo, o mundo é resplandescente, está a ficar cavernoso. Cidades são nichos de pragas e distúrbios, aparecem como um sonho (êxodo rural), tornam vidas num inferno, são um rebuçado com veneno que depois de desembrulhado se transforma em degredo. Agora quer-se o regresso ao passado, um modo de vida mais tranquilo, todos evoluem porque são seres vivos mas o desenvolvimento não é para todos.
(IVO)
Transmitimos confiança em atitudes controladas. Assistimos à mudança mantemos as mãos atadas, baseamos o futuro em pensamentos instáveis, energias momentâneas, auras inimagináveis. Conseguimos mudar caminhos pré-definidos, procuramos levantar ideias, sonhos caídos que jamais se irão esquecer. (FIFFAS) A memória é uma caixa mágica que pode fazer acontecer! O que somos devemos ao que fomos, o que seremos é algo que fica por dizer. A percepção que obtemos reflecte como pensamos e como nos leva a interagir com o conceito ocasional. É na criatividade que o ganho transporta total satisfação interior! (IVO) O valor impomos nós ao libertarmos suor, lutamos quando sentimos, tentamos dar o melhor quando agimos no meio de um mundo supérfluo, sujeito a convenções sobre o que é o mais correcto. Tento escolher ao máximo os becos onde me meto. Um labirinto cerca o destino que nos guia pela vida, sorte e oportunidade são o paraíso, uma saída (FIFFAS) muitas vezes é simplesmente o objectivo a que estamos submetidos quando envolvidos em vivências tempestuosas. Um gajo tenta mas são sempre mais as perguntas que as respostas! O tempo esconde-se em agonias e mágoas, cenas maradas que nos grizam, quebra-cabeças que distabilizam, infuenciam o comportamento pela vida fora. Percorremos troços com mantimentos diferenciados pela rota que construímos procurando o aconchego, enfim, do caminho que seguimos. (IVO) Existimos como elos de uma aliança. É mais forte a esperança que a força de vontade que se manifesta, festa faz a natureza que comanda o que nos resta, um futuro de recursos transformados em energia, inventam necessidades que manipulam o dia-a-dia. Gratidão e submissão não devemos nós ao nosso sol, não a vis capitalistas que nos guiam em caracol, dão-nos um trabalho ingrato, o desacato é instalado, presos em meios sociais, um pacto imposto para um sistema espalha ódio entre os iguais. Somos demais para viver bem, e tão poucos para a espalhar, paz é volátil, imprescindível, invisível como ar, (FIFFAS) visível como incerta, tanto se pode estar bem como logo a seguir estar na merda.A paz é humanodependente, porque só surge pelo conteúdo que cada um tem na mente. Portanto, nesta era decadente, paz e sossego apenas depende do indivíduo.

O acto está de acordo com a nossa compreensão.
É a nossa experiência que se verifica na acção.
Raciocínio leva à inteligência, inteligência a outro tipo de visão.Perante o conhecimento ignoramos a ilusão. (IVO)
A prisão que é o saber quando encurrala as ideias
aquelas transcendentais que surgem sem pensar a meias!
A raíz do conteúdo que nos enche a cabeça
brilha como o sol, pra todos, capto antes que anoiteça!

Procuramos confiança em cada laço de afecto manifestado em cada comunhão de ideias com quem nos relacionamos. Procuramos felicidade para apagar memórias tristes, as desilusões do caminho, as colisões e os despistes! Certos cabrões esquecem que até existes como qualquer um. Competem pelo melhor trono em todo um lugar comum, o paraíso! Um caminho de luta aguentando o sorriso, esperando o melhor juízo de cada passo caminhado, se não encontrares paz aí talvez nunca tenhas amado, a tua vida! Tem uma solução fodida como um enigma cativante que um interesse volátil decifra a qualquer instante! (FIFFAS) Na insatisfação permanece o desejo da alcance de objectivos que existem para lá do horizonte. Trespasse de metas transparentes dão motivação para seguir em frente, só há uma definitiva a que nos separa do corpo. Morte a fase do recomeço, teleportação de energia para o centro do Universo, círculo enérgico num constante processo de movimentos, milénio após milénio, foi a nossa ambição que fez quem nós somos, como ficámos através das mudanças ao longo dos anos, quanto mais descobrimos mais desconhecemos! A quem dar o mérito? Ao desconhecido ou ao que desconhece? Vivemos, existimos, não será isso uma bonança por si só?! É UMA FEZADA!
Energia incorporada guiada por uma massa acizentada dá-nos confiança quando bem utilizada, é um utensílio conferido como característica específica da espécie HOMEM. Funcionalmente versátil! Genericamente própria de quem promove a autenticidade! Há vários modos de manifesto mas por desleixo vai caindo na mediocridade! Cérebro a base de equilíbrio da nossa raça, se houver uma avaria tudo o resto nos ultrapassa, passa ao lado, se o objectivo é a harmonia não é o bem estar de um indivíduo que traz a tranquilidade ao globo!

O acto está de acordo com a nossa compreensão.
É a nossa experiência que se verifica na acção.
Raciocínio leva à inteligência, inteligência a outro tipo de visão.Perante o conhecimento ignoramos a ilusão. (IVO)
A prisão que é o saber quando encurrala as ideias
aquelas transcendentais que surgem sem pensar a meias!
A raíz do conteúdo que nos enche a cabeça
brilha como o sol, pra todos, capto antes que anoiteça!

(2005)
Vasculho no meio do entulho, são ideias concentradas que me perturbam. Intenso, confuso, sou ambos porque sinto, sinto tudo de tudo (vazio profundo), tento sempre ir ao fundo da questão e vou tão fundo que às vezes me afundo no escuro da minha compreensão. Tenho o cérebro pesado, cansado, estou exausto pelo pensamento. Entrego-me, tento-me distanciar também porque há certos pensamentos que não fazem bem a ninguém. O meu talento é o empenho que ofereço no que faço, vai além da escrita, vai além do cansaço e na puta desta vida apenas me aqueço no agasalho propício do momento. Mesmo estático estou sempre em movimento! Já dei voltas e voltas mas ainda não me contento!
Já estou farto do que sinto, desta realidade que me pertence, sinto-me estúpido e confuso, um futuro em sociedade não me convence! Sinto-me à parte, estou fora deste jogo, não quero luxo, quero sossego, dedicar-me à arte de viver é um objectivo profundo! Não me iludo! Emprego é necessário para me manter firme no itinerário que escolho. É este o segredo, o meio pó sustento que sustente a minha viagem pelo mundo. O aconchego sou que o crio, quando penso quando desbundo com os meus amigos pela noite dentro. Noites serradas, mato, djambezadas, charros e bubas, divagos no tempo. Melodias improvisadas surgem da interacção dos instrumentos com as nossas almas. Sons profundos, instinto que sai dos nossos corpos.....

terça-feira, março 24, 2009

Oportunismo anti-parasita

Há magia paradoxa! Descobri a sabedoria pela merda que a vida trouxe, abriguei-me na toca no interior do meu ser numa descoberta infinita até à meta desta minha existência. O meu súor faz prever o troco que vou receber! Em longos períodos hiberno enquanto sinto dor no cérebro. Imperam combates violentos, a minha arma de defesa é a minha arma de ataque, debato-me com o pensamento. Na direcção dos 4ventos direcciono-me ao acaso, pronto para o acaso porque é no momento que fico preparado. Da compreensão do meu passado resulta a compreensão do meu presente, o meu itinerário dá o formato da minha mente. Reflexões profundas ficam baças quando passam cá para fora, o estado físico varia e é nessa alternância de descodificações que reside o meu espírito de viajante. Insistente, altamente ponderante e é pela minha experiência que opto pelo que realmente é importante. Analiso o antes, visualizo o após, meço os prós e os contras mas se sinto convictamente que se fodam as contas!...
...Inértil, em solo alheio! A fertilidade cria-se no cérebro! Contrario o presente que presenteio cultivando o meu próprio solo com substâncias dos meios envolventes. Se planto tembém colho, do que produzo usufruto. Sementes desenvolvem-se! Qualquer nascença tem uma finalidade! E nós temos que lhe dar o sabor. FRUTOS COLHIDOS DA ÁRVORE SABEM MELHOR! Mantenho-me em sintonia com o universo, livre e natural, formo rimas à sua semelhança mas com o auxílio do intelecto. Qualquer essência pura transcende a plenitude racional e com ímpeto vou-me preenchendo, enchendo o peito e espírito com experiências que dão grande parte do contributo.

(2005)
Memórias invadem o presente, sentimentos esquecidos reacendem no momento. Sinto-me ser arrastado para a cave, lugares recônditos onde o meu ser se perde, afasta do real!
Sensações à muito desprezadas caem-me na cabeça, é o tormento, fico às aranhas! Fico possesso por este estado que não quero, não pretendo. Alimento memórias estranhas, momentos de extrema solidão, só eu, pensamentos e palavras!
Um mundo sem vida, como indivíduo é como me sinto quando há quebra entre pensamento e escrita. Sou um mudo no tribunal, um cego alucinado, estático viajo no universo do cerebralmente fornecido. Imagino, raciocino, deliro, fico confuso, percebo, não compreendo, conhecimento o metabolismo que não cessa enquanto respiro, criativo, encendeio o meu instinto, RITMO, com ritmo rastejo salto caminho no mundo interno, vagueio em profundezas íntimas do meu eu que me afagam este espírito solto com que me debruço de peito aberto.....

(2006)
Questiono minha atitude, talvez abuse mas não caio por terra, agarro-me em galhos, pensamentos desiquilibrados que me aparam a queda com novos aparatos. Procuro equilíbrio, estar calmo e sereno, no fundo, sentir-me cómodo comigo mesmo. Aclamo o sossego que à muito fugido anda e agora em estado impróprio, adapto-me, passo a passo caminho na corda bamba do raciocínio, sem batida nem melodia causo distúrbio no silêncio, simplesmente respiro, ganho ritmo, imagino sou criativo, através do acto espontâneo tento manter-me vivo...
Depois de tanto pensar, fico como se todos os pensamentos fossem apagados. Muito tempo livre faz-me mal à cabeça! Penso no vazio, tudo é mais abstracto, de tanto recordar e imaginar, começo a sentir-me fraco. Acomodo-me num constante e intermitente desconforto, ambiciono uma mudança mas não vejo o ponto do começo, a partida para outra fase, vejo a vida de outra forma, não é so naquela base!........